segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A VIA DA FELICIDADE NÃO É A COSMÉTICA MAS, SIM, A ÉTICA

Artifícios de linguagem, quase sempre empregados de modo autoritário, tipo, a última palavra é sempre a minha, quem diz o que é certo ou errado sou sempre eu e, invariável e obviamente, o certo sempre sou eu, formam a cosmética do comportamento de muitos e muitos seres humanos.

A ética, como a descreveu, há algum tempo, Aristóteles, é a conjugação do irracional (excelência moral) e do racional (excelência intelectual).

Grosso modo, a excelência moral relaciona-se com sentimentos/emoções. É o lado intuitivo do ser humano. Para alcançá-la é preciso o meio termo, a medida exata para obter o equilíbrio. A excelência intelectual refere-se a todas as áreas que envolvem razão (ciências, técnica, sabedoria filosófica).

A ausência de uma dessas partes impede que alcancemos o bem maior, tornando a alma deficiente, pequena.

Para o sábio grego a justiça, como resumo da parte irracional e racional, é a excelência moral perfeita, é a prática efetiva da excelência moral. De modo que, ao praticarmos um ato justo, deliberadamente, temos a excelência moral como um todo.

Este deveria ser o fim, o objetivo a alcançar, de cada ser humano.

Contrário senso, quando praticamos atos carentes de justiça nos afastamos da excelência moral. Ou seja, quando apenas conseguimos ver e agir em conformidade com nossos interesses pessoais ou de grupo, não estamos praticando atos de excelência moral, logo, estamos agindo sem ética. Isto vale para todos que estão alinhados a religiões, partidos políticos, clubes, associações, ...

Particularmente sempre procuro agir de modo justo, nem acusando e nem defendendo um lado apenas e sempre, independentemente, do que faça. Todavia, a injustiça histórica praticada contra a maioria absoluta da população mundial vem sempre do mesmo lado. Aí não tem jeito, haverei de criticar intensa e continuadamente, até a mudança efetiva e duradoura, ou até a morte me levar, àqueles que são os grandes causadores e aproveitadores do sistema espoliativo universal, que drena o suor da maioria para não mais que 0,027% da população mundial. Estes os donos do grande poder econômico e que somam não mais de 200 mil famílias em todo mundo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CARREGAR ÁGUA COM BALAIO

Quando eu falo/escrevo sobre a questão político-econômica não tenho a ilusão que um dia, ao menos não nas próximas gerações, vamos de fato viver num mundo civilizado, logo, justo. Onde exista justiça sócio-econômica, o que exclui totalmente toda a exploração com que a humanidade convive. Sem esta justiça jamais teremos uma convivência civilizada entre os seres humanos.

O Presidente Getúlio Vargas, indagado sobre a sua deposição em 1945 teria falado em “cansaço” e “enjoamento”, dizendo-se convencido de que não conseguiria realizar suas obras em favor dos pobres. Teria dito, ainda, que perdera tempo “carregando água em cesto”.

Pois é, as forças terríveis referidas pelo Presidente Jânio Quadros quando da sua deposição, também agiram na derrubada dos presidentes Vargas, Jango e Collor de Mello, criticam e acusam os governos petistas (o que me leva a acreditar que estão, no mínimo, tendo menos vantagens hoje que ontem) e comandaram os 21 anos da ditadura cívico-militar instalada em 1964. Tais forças terríveis nada mais e nada menos são do que os donos do grande poder econômico.

Eu não alimento a menor ilusão de que a população explorada, seja enquanto força de trabalho, seja como consumidora, um dia conseguirá estabelecer um gerenciamento do coletivo (governo) capaz de praticar a justiça sócio-econômica de que a humanidade está tão carente, sem intrigas, sem acusações, nem favorecimentos (corrupção), sem excluídos (o que implica geração de oportunidades de trabalho para todos), sem desemprego e sem miséria, sem interesses gananciosos de espécie alguma. E por isto a expressão “perder tempo carregando água em cestos” é oportuníssima frente àqueles que, mesmo com alguma ou bastante razão, acusam ou defendem este ou aquele governo com unhas e dentes.

Os políticos são apenas um mal necessário para que a população explorada não caia em total desesperança e assim acabe cometendo ainda maiores atrocidades do que aquelas de autoria do chamado crime organizado e em maior quantidade com muito mais gente praticando-as. Quem sabe com alvos mais específicos.

Movimentos populares (se é que realmente têm origem na população prejudicada pelo “status quo”) como aqueles dos países Árabes, esses da Europa e dos EUA e os que ocorrem no Brasil são apenas artimanhas para “mudar sem mudar”, isto é, sem mexer na estrutura que produz muitos excluídos e pouquíssimos apaniguados, como foi a redemocratização brasileira de 1985.

Não duvido das melhores intenções dos petistas fundadores e históricos, nem dos novatos, da mesma maneira que não duvido de outros figurões, como Covas, Fhc, Serra, Brizola, Simon, ... mas, o que fazem é “carregar água em cesto”.

Estes, como qualquer outro ser humano que age com as melhores intenções, ao se darem conta que nada alcançarão de melhor e duradouro para termos uma sociedade civilizada, por certo, mesmo que só parcialmente, acabam se rendendo aos perniciosos interesses da ganância que manobra a economia e a vida sobre a face da terra.

Os políticos são apenas um mal necessário para que os exploradores – os donos do grande poder econômico, os grandes e megaempresários – possam ter a sua vida facilitada, possam ter legalizada e apoiada em leis e decisões do judiciário a manutenção de toda a exploração que praticam contra a população chamada e não escolhida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

POR QUE OS SALÁRIOS SÃO BAIXOS?

Se nada daquilo que é exportado pelo Brasil, ou qualquer outro país, em especial qualquer outro país periférico, fosse exportado, certamente encontraria adquirentes internamente, mas sem renda. Logo, se desejamos que as mercadorias mandadas ao exterior sejam consumidas pelo fiel da balança, os excluídos, temos que dar renda a esta gente. Dar renda, não esmola, como os tais bolsa-família e assemelhados, que apenas servem para manter os salários em níveis irrisórios. Dar renda significa dar trabalho honesto e digno para que todos quantos desejarem e tiverem condições físicas possam trabalhar.
Se todos os brasileiros que diariamente estão nas filas do desemprego, aqueles que enfrentam o subemprego, como ambulantes, sacoleiros e estagiários, tivessem um emprego ao qual se dirigir todos os dias, pela irrevogável, embora manipulada, lei da oferta e procura, os salários seriam substancialmente maiores. Não haveria, sequer, a propaganda eleitoreira do salário-mínimo. Não ouviríamos falar tanto da competência dos grandes e megaempresários, os magnatas. Seus feitos passariam longe de qualquer noticiário.
O pleno emprego tem que ser mostrado como sendo utópico, pois com todo mundo trabalhando ninguém teria como acumular fortunas e isto desmascararia muita competência que anda por aí deitando cátedra.
O pleno emprego, diríamos de modo mais apropriado, a plena ocupação produtiva é dita como utópica pois, só assim, é possível a existência de conglomerados empresariais com dezenas e centenas de milhares de empregados espalhados pelo mundo, trabalhando extenuadamente para prover o luxo e a ostentação dos ricos e dos magnatas.
Se o pleno emprego fosse uma realidade os salários seriam significativamente maiores e ninguém quereria ter o ônus de ter milhares de empregados e ao final do mês uma renda semelhante à média dos seus empregados. Aliás, se a todos fosse permitida a oportunidade de terem o sagrado direito de trabalhar, ninguém conseguiria juntar dinheiro suficiente para construir, sequer, uma grande empresa, muito menos, uma megacorporação.
Gostaríamos muito de ver certas figuras que vivem sendo endeusadas na mídia se tivessem que trabalhar para viver e não viver nababescamente com o suor alheio. Gostaríamos muito de ver a competência desta espécie fazendo força e calos nas mãos. Como seria bom ver no calor da produção a sua decantada competência, sem cadeiras especiais e nem ar-condicionado!
Gostaríamos de saber como se sentiriam certos bajuladores trabalhando, por exemplo, recolhendo o lixo do seu local de trabalho, ao invés de terem um pobre coitado ao qual o sistema espoliativo universal não permite melhor sorte, fazendo tal serviço por um salário de fome.
Gostaríamos imensamente que cada habitante explorado deste planeta fosse como o menino da estória infantil de Hans Christian Andersen, As Novas Roupas do Rei, que no meio da multidão era o único que não fora cegado pela propaganda enganosa e assim conseguira ver que o rei de fato estava nu.

Saúde e felicidade.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

É muuui difícil... Alguém vai ter coragem para ver tudo que há nesse angu?

Há um par de anos certo canal de tevê do RS passou a contabilizar os homicídios em certo município.

Em dado momento aquela Prefeitura passou a veicular publicidade nessa TV. E, milagrosamente, os homicídios cessaram!

Ontem foi noticiada operação do Ministério Público e Polícia que coloca sob suspeita diversas prefeituras, inclusive aquela, e uma agência de publicidade. O angu teria a ver com eleições mas, os prefeitos não estariam envolvidos, apenas funcionários. Pode?

Hoje cedo esse canal de televisão apresentou ao vivo alguns dos prefeitos envolvidos, inclusive o mandatário daquele município. Todos inocentes!

Cabe ressaltar que tal rede de comunicações teve, recentemente, diretores seus, denunciados por evasão fiscal.

É só essa rede de comunicações que se vale desse ardil para faturar?

São apenas essas prefeituras envolvidas com coisas que merecem investigação do Ministério Público?

É somente essa agência de publicidade que se mete em situações assim?

Há um ano tivemos outras agências envolvidas com "sumiço" de dinheiro público.

Creio que situações como essa são um bom indicativo do que ocorre em todos os cofres públicos deste país.

O ovo ou a galinha, quem nasceu primeiro?

O corrupto ou o corruptor, quem surgiu primeiro?

Uma coisa é certa, ninguém pagará 10 moedas para ter facilitado um negócio de menos de 10 moedas.

Tudo indica que há muita gente defendendo a liberdade de expressão para faturar alto, assim como tem muita gente falando da alta carga tributária para que não sobre tempo nem espaço para falar-se dos elevadíssimos níveis de sonegação e dos lucros abusivos, especialmente, nos setores oligopolistas, que são os formadores de preços e os verdadeiros detentores do poder de mando.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

E O INDIVÍDUO NO CONTEXTO SOCIAL?

Dia desses, em uma palestra, um cidadão fez a seguinte intervenção:

- Concordo que os políticos depois de eleitos têm como compromisso maior pagar àqueles que financiaram as suas campanhas eleitorais mas, eu lhe pergunto, qual o papel do eleitor na sociedade?

E passou a relatar um fato ocorrido na localidade onde tem um sítio e cujas estradas são de chão batido:

- A prefeitura passou a patrola, abriu as valetas, tudo direitinho como manda o figurino. Aí um vizinho mandou cortar os eucaliptos do seu terreno. O pessoal que fez o serviço colocou várias toras de mato na valeta para poderem passar com o trator. Na primeira chuva a água, como não podia correr livre dentro da valeta, foi para o meio da rua e esburacou toda rua. Aí eu lhe pergunto: que culpa tem o prefeito, os secretários e os vereadores?

Eu tentei argumentar que caso a prefeitura tivesse legislação e fiscalização adequadas tal, certamente, não aconteceria porém, o cidadão finalizou dizendo o seguinte:

- Quantos fiscais são honestos? Quantos fiscais cuidam de negócios particulares seus ou vão se divertir no horário de trabalho?

Cheguei à conclusão que, realmente, sem uma consciência individual de todos os cidadãos que cada ato errado de uma pessoa acaba prejudicando o todo, esta pessoa incluída, não adiantará termos governantes ilibados e competentes. Por mais que se faça e puna, sempre haverá o ato egoísta prejudicial ao todo.

É mais ou menos como a mídia que, rotineiramente, falando das tragédias no trânsito proclama: bebida e direção não combinam e, também, rotineiramente faz propaganda de bebida alcoólica.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

BRASIL SEM GRADES

A violência e a criminalidade na Periferia da Capital Brasileira mostradas ontem na TV estão em meio a uma das regiões mais miseráveis do Brasil e de uma das rendas “per capita” mais elevadas, senão a mais elevada, do Brasil. Uma região onde existe uma das Maiores Desigualdades Sociais do Brasil.

Aquilo que a televisão mostrou ontem apenas confirma estudo divulgado há 10 anos: VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE SÃO DIRETAMENTE PROPORCIONAIS À DESIGUALDADE SOCIAL!

Pois é, apenas para repetir o que venho sustentando há muito tempo: é necessário criar mecanismos que criem OPORTUNIDADES de TRABALHO para TODOS, somente assim poderemos ter um país onde reine a paz e a harmonia. Uma Nação Sem Excluídos, Sem Corruptores nem Corruptos, Sem Miséria, Sem Violência, Sem Criminalidade, verdadeiramente, um BRASIL SEM GRADES. Tudo mais é apenas para manter o "status quo", para manter privilégios.

Reflitam!

Saúde e felicidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

ANTIPÁTICO! EU?

Quero lembrar, sem meias verdades, pois elas também são meias mentiras, ou apenas mentiras, que somente os assalariados e alguns microempresários, principalmente, aqueles de salários e ganhos mais baixos, estão trabalhando até hoje para pagarem impostos.

A partir de amanhã até 23 de dezembro estes assalariados produzirão tão-somente para o patrão.

Só depois de 23 de dezembro, isto é, de 24 até 31 de dezembro, estes assalariados trabalharão para si próprios.

As empresas, especialmente, as oligopolistas (formadoras de preços e detentoras de fato do poder político e econômico), não pagam impostos. Elas embutem tudo, inclusive verbas de campanhas eleitorais e publicidade, no preço dos seus produtos. Até mesmo o imposto de renda pessoa física dos seus donos quem paga é o consumidor.

Saúde e felicidade.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CONSTATAÇÃO-CONTRADIÇÃO HUMANA-RELIGIOSA-CRISTÃ

Páscoa é vida, correto?

Jesus Cristo morreu agonizando na cruz, ok?

Sexta-feira santa é dia de comer peixe, certo?

Como morre o peixe?

A G O N I Z A N D O !

Reflexão, saúde e felicidade.

domingo, 17 de abril de 2011

19 DE ABRIL DE 2011, MAIS UM DIA DO ÍNDIO!

Hoje em dia apenas o dia 19 de abril é dia de índio, melhor, é o dia que os homens brancos donos do poder econômico-político escolheram para se mostrarem politicamente corretos na questão indígena.
1/365 (0,27%) do ano é tão-pouco quanto é a população de indígenas no imenso território do Brasil.
O que me causa estranheza, embora nem tanto, é a eterna tutela a que os donos do poder econômico-político submetem os índios.
Por quê?
Por que o nativo tem que ser tutelado?
Qual a verdadeira causa disto?
O indígena, por acaso, é menos ser humano do que o homem branco ou do que o homem negro?
Tem menos condições de aprender?
Volta e meia vemos índios que estudaram e se formaram na escola dos brancos.
Qual é a razão dos índios, como um todo, não terem o direito de serem inseridos natural e integralmente no seio da sociedade brasileira?
É verdade que se tal ocorresse, provavelmente, eles engrossariam os contingentes de miseráveis dentro das cidades, a exemplo do que aconteceu com os negros quando libertados da escravidão. As favelas seriam minimamente maiores.
Todavia, isso está acontecendo de igual modo, só que nas reservas que o interesse econômico lhes destinou.
E eles são tão poucos que, se estivessem dentro das favelas urbanas, não faria muita diferença, nem para eles e nem para o conjunto da população.
Por que os índios têm que ser mantidos na miséria assistida pelo Governo? Ao passo que os demais brasileiros, sejam brancos, amarelos, mestiços ou negros, bem ou mal, estão no conjunto da população, com direitos iguais – por mais que esta igualdade não exista. O que está por trás disso?
Se for para a preservação da cultura deles, não seria melhor, por exemplo, deixá-los tal qual eles viviam quando Cabral aqui aportou?
Hoje é comum assistirmos reportagens na televisão mostrando os nativos vestidos.
Vejo quase diariamente índios, pois aqui onde moro tem um acampamento ao lado da estrada. Todos eles vestidos como de resto toda a população.
Mas, eles não usavam roupas quando os lusitanos aqui chegaram. Nem radinho de pilha e nem telefone celular. Logicamente, estes não existiam à época. Isto, porém, prova que os índios, tanto quanto as pessoas de outras raças, também gostam de experimentar coisas novas. Por que, então, eles não aceitariam viver plenamente em meio aos demais brasileiros?
Antes eles viviam, basicamente, da caça, da pesca e do extrativismo.
Se for para a preservação da cultura deles, que vivam em tais condições, mas sem a tutela do Estado. Crie-se para eles um país à parte, mas de modo transparente. Aí, se eles entregarem a sua riqueza aos estrangeiros, bem, fazer o quê?
Uma vez mais eu pergunto, o que está por trás dessa tutela que os índios, até prova em contrário, não pediram?
Ao que consta eles são seres humanos e, como tal, têm capacidade para se autodeterminarem, tanto quanto as demais etnias que compõem o povo brasileiro.
A condição de tutela é semelhante à de escravo, pois são obrigados a viver em áreas delimitadas e dentro de condições estabelecidas. Apenas não estão sujeitos a trabalhos forçados.
Digo, obrigados, visto que toda a situação, tanto no que concerne ao ambiente deles nas aldeias, quanto fora dali, não lhes dá perspectivas de vida digna. Logo, submetem-se à tutela, ou seja, são obrigados, de fato, a viverem assim.
Prova, entre outras, é que entre eles também grassa o alcoolismo. E como!
E isto é uma clara evidência da falta de esperança num futuro melhor.
Tenho uma leve desconfiança que essa tutela dos nativos nada tem a ver com os índios aqui do Rio Grande do Sul, nem com aqueles de Santa Catarina, nem com os do Paraná, ou de São Paulo.
Algo me diz, e um forte indício são as enormes reservas territoriais a eles destinadas legalmente na região Norte, que a tutela dos indígenas tem tudo a ver com as riquezas naturais existentes naquela região. Sejam as reservas minerais do subsolo, sejam as reservas botânicas, sejam as bacias hidrográficas.
Temos tão poucos índios e lhes destinamos tamanhas extensões territoriais, para quê?
Se eles precisam ser tutelados é porque não sabem se autodeterminar, como, então, saberão defender suas enormes glebas de terra? O policiamento oficial daquela região sequer é suficiente para evitar o desmatamento. Como ficarão as terras indígenas? Quem as protegerá?
Quantas vezes assistimos em matérias da tevê supostos missionários estrangeiros circulando livremente entre os nativos?
Os pretensos missionários estrangeiros podem impor aos índios brasileiros a sua cultura, porém, à cultura brasileira os índios brasileiros não podem se acostumar.
Só falta dizerem que os missionários estrangeiros mostrados na tevê não existem e que os índios querem ficar na condição de tutelados miseráveis...com todas as mazelas dos não indígenas, como alcoolismo e obesidade.
Até quando o dia do índio continuará servindo para esconder a verdade que está por trás da tutela a que os nossos nativos estão sujeitos?
Saúde e felicidade.

sábado, 16 de abril de 2011

DESEMPREGO E ENGARRAFAMENTO DO TRÂNSITO: causa e consequência da acumulação de riqueza

O que, em princípio, uma coisa tem a ver com a outra?

Tudo, absolutamente, tudo.

Desemprego, causa: graças à concentração de grandes geradores de empregos, como gigantescas indústrias, à volta das cidades, tivemos, ao longo do tempo, grande migração de pessoas para tais locais. Isto resultou em fartura de mão de obra ociosa, desemprego, consequentemente, salários indignamente baixos. Como os salários pagos ao operariado, na média, ficam na casa de 1% do preço de venda ao consumidor dos produtos por ele elaborados, temos os abusivos e exorbitantes ganhos, em especial, do grande empresariado.

Trânsito caótico, consequência: como a especulação imobiliária acabou zoneando as cidades de acordo com seus interesses, estabeleceu-se a necessidade de milhares e até milhões de pessoas terem que se deslocar a toda hora e em todas as direções das mesmas. A partir daí foi se construindo um trânsito cada vez mais intenso e caótico de veículos motorizados.

Se a gestão pública fosse para o bem de todos, ao longo do tempo, ela teria agido no sentido de que os geradores de empregos fossem instalados próximos de onde moram as pessoas, evitando, deste modo, as migrações de enormes levas de pessoas, principalmente, para as cidades grandes, onde buscam oportunidades de trabalho. É sabido que nem todos que acorreram às cidades grandes conseguem a sua chance de trabalho. Assim, sempre há muito mais gente disponível do que as oportunidades de trabalho existentes, do que resultam os baixos salários e os altos ganhos empresariais.

Como o Estado sempre agiu em benefício de práticas benéficas ao grande capital, nunca pode gerenciar a economia de modo a beneficiar a todos, consequentemente, entre outras, sempre permitiu os deslocamentos quilométricos de milhares e milhões de trabalhadores para chegarem ao seu emprego.

Isto é a principal causa dos congestionamentos das vias públicas. O que causa o engarrafamento do trânsito é, principalmente, o deslocamento das pessoas.

Com as cidades brasileiras atuais, com suas populações de empregados e desempregados, com suas empresas e órgãos públicos situados onde estão e com seus trânsitos caóticos, uma gestão pública que gerenciasse o mercado de trabalho de modo que as pessoas trabalhassem o mais perto de suas casas, com certeza, conseguiria dar uma bela melhorada no trânsito de veículos motorizados, pois, como já frisamos, grande parte dos veículos circula porque as pessoas precisam se deslocar ao trabalho e deste para casa.

Se a gestão pública regulasse o estabelecimento das empresas e seus horários de funcionamento de modo que os diferentes setores da economia cobrissem cada cidade de forma a evitar grandes deslocamentos dos consumidores, seguramente, isto também ajudaria a reduzir o engarrafamento das vias públicas.

Porém, como o Estado está a serviço do Grande Poder Econômico, não pode estabelecer normas, e fazê-las cumprir, que causem a mínima redução dos ganhos dos poderosos. Desta forma, vamos continuar, tempo afora, convivendo com o trânsito caótico e com a mídia veiculando o fato.

Súde e felicidade.

domingo, 3 de abril de 2011

E SE ? ! ? ! ? ! . . .

... o ser humano gastasse o dinheiro que gasta com cercas elétricas, grades, cães de guarda e seguros, pagando àqueles seres humanos que lhe prestam serviços, que lhe fazem aquilo que, em geral, ele(a) consideram indigno para ele(a) próprio(a) fazerem ou consideram nojento demais para ele(a) executarem, valores idênticos àquilo que considera remuneração justa para o trabalho que ele(a) próprio(a) realizam?

Saúde e felicidade.

E SE ? ! ? ! ? ! . . .

... o ser humano depositasse + fé e esperança na boa convivência com filhos, pais, cônjuge, parentes, vizinhos, colegas e subalternos do que na superstição, no fanatismo, em chefes, políticos e religiosos?

... o ser humano gastasse + tempo em cultivar a boa vizinhança, a boa amizade, o bom casamento, a boa relação familiar, enfim, desse mais atenção ao enriquecimento de suas relações interpessoais do que à programação da televisão, ao fanatismo religioso e clubístico e à cerveja no bar?

... o ser humano desse + atenção a seus semelhantes, vivos e concretos, do que aos representantes de religiões e seitas contraditórias entre si e, frequentemente, nas próprias pregações de cada entidade?

E se todos nós homens e mulheres, mulheres e homens, investíssemos + todos os nossos recursos pessoais e materiais em relações humanas concretas de qualidade, de excelência?

Saúde e felicidade.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A VIOLÊNCIA E A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Há muito tempo muito tem sido falado sobre a violência contra as mulheres.

Paremos e pensemos!

Se entre os seres humanos não houvesse violência, nem permanente incitação à mesma, haveria violência contra as mulheres?

Logicamente, não!

A violência, em geral, ocorre do fisicamente mais forte contra o mais fraco fisicamente. De pais – pai e mãe – contra filhos, marido contra esposa, colega de aula mais forte contra o mais fraco...

Ser fisicamente maior ou menor é da natureza, assim como o uso da força física é da natureza dos animais. O ser humano é um animal, todavia, dotado de racionalidade. De capacidade de observação e análise. O ser humano tem a capacidade de poder mudar de ideia. Porém, emocionalmente, o homo sapiens tem alguns dilemas que se mal conduzidos e/ou mal resolvidos podem levar, entre outros, à violência.

Por isto que tenho defendido, inclusive no meu livro, a necessidade de todas as emergências médicas, públicas e privadas, terem pelo menos um Psicólogo ou Psiquiatra de plantão 24 horas por dia, todos os dias.

Tenho certeza que parte significativa da violência em geral ocorre por duas razões elementares:
- a negação do sagrado direito à oportunidade de trabalho para parte expressiva da população (com clara manipulação da lei de mercado para que o bolo salarial seja indignamente baixo e os lucros absurdamente elevados); e,
- paralelamente, para evitar que os explorados tenham tempo e condições para refletirem e, quem sabe, se rebelarem contra a sua exploração, é preciso, permanentemente, incitar a modos torpes e doentios de viver, o que inclui incutir na cabeça das pessoas, subliminarmente, as vantagens, embora falsas, de consumir bebidas alcoólicas e não levar desaforo para casa.

Quem é incumbido deste papel é a mídia, especialmente, a televisão.

A programação da tevê não poupa nem os bebezinhos que são deixados em frente ao televisor por comodidade e/ou necessidade de quem sobre eles têm a responsabilidade de zelar. Assim, os desenhos animados mostram, repetidamente, enorme variedade de cenas de malandragem e violência. Tudo incutido, desde tenra idade, na mente das criancinhas para que, quando adultas façam as vontades do sistema mas, cônscias que o fazem por vontade própria e por terem direito a tal.

A propagação da violência não fica restrita aos desenhos animados e à programação infantil. Continua tempo afora se repetindo em filmes, novelas, noticiários que mostram a violência que ocorre e, pasmem, em peças publicitárias produzidas com muita sofisticação e conhecimento de como funciona a mente humana. Tudo para obter vantagens máximas em tudo.

Quantas peças publicitárias fazem clara apologia do “bullying” e da discriminação em geral?

Ainda agora temos uma peça da bom-bril, de profundo mau gosto, incitando àquilo que as mulheres tanto abominam e criticam nos homens.

Antes do dia das mães de 2010 foram colocados painéis em Porto Alegre, por um lacticínio, em que eram feitas comparações do seu produto, o leite, com as mães...como se elas fossem fábricas, objetos. Não ouvi nenhuma crítica pública.

Ora, numa sociedade em que, desde cedo, se aprende da forma mais hedionda a malandragem e a violência, como desejar que crianças, doentes, idosos e mulheres não sejam vítimas potenciais e factuais tanto da malandragem quanto da violência?

Temos, concomitantemente:
- televisão bradando contra esta violência e ensinando-a;
- sociedade condenando o alcoolismo e bebendo “socialmente”;
- pais e mães criticando a truculência policial e de professores e aplicando-a contra filhos, vizinhos, parentes, professores, colegas;
- Estado condenando infratores e omitindo-se frente à permanente reprodução e ensino de toda variedade de maldades, desde o tapa ao tiro fatal;
- mulheres gritando contra a violência que sofrem de seus homens e reproduzindo-a em seus filhos, seja com agressões, exemplos e exposição à violência disponível na mídia.

Enquanto a sociedade humana estiver dividida continuará aceitando a permanente reprodução e ensino da malandragem e da violência. Urge, pois, se realmente desejamos uma sociedade de convivência pacífica e harmoniosa que lutemos, conjuntamente, por um mesmo ideal. Ideal que inclua todos os seres humanos no processo produtivo e de consumo. Que todos tenham oportunidade de trabalho e vida digna, o que por si só reduzirá a violência a níveis insignificantes e de fácil controle e solução.

Há homens que são violentos apenas com a sua esposa. Nela descarregam toda gama de humilhações e discriminações que sofrem desta nossa sociedade doente e materialista. Outros, por conflitos variados, entregam-se ao vício – álcool – e aí viram valentões. Logo, é necessário ir na origem... que é tudo que não interessa ao sistema espoliativo, ao grande poder econômico.

A violência contra as mulheres é apenas uma parte da violência que, diuturnamente, é difundida e praticada pelos seres humanos. Acabar com ela significa acabar com a violência em geral e isto não interessa ao sistema que explora bilhões de pessoas no mundo em benefício de não mais de 200 mil famílias.

Saúde e felicidade.

sábado, 12 de março de 2011

BOI TAMBÉM IMPERMEABILIZA O SOLO

Ao redor de ¼ do solo brasileiro está à disposição de alguns poucos pecuaristas e frigoríficos que lá produzem grandes levas de bois para obterem milionários lucros.

É fato que o pisoteio do solo pelos bovinos, ao longo de anos, compacta de tal forma a terra que a água da chuva tem grandes dificuldades para penetrá-la. Ao não conseguir penetrar no solo, a água da chuva desliza para córregos, riachos, arroios, rios, lagos e assemelhados, indo embora.

A natureza foi e continua sendo sábia porém, o animal racional e ganancioso a destrói, minuto após minutos, metro a metro, apenas pensando no seu bolso e no seu ego.

A constituição da terra é para que ela absorva a água da chuva e a libere, lentamente, ao longo do tempo. Mas, quando ela não consegue, por estar compactada pelo pisoteio continuado de gado e, portanto, impermeabilizada, como estão as cidades, cumprir esta sua função original, temos, quando chove, grandes inundações e quando há períodos sem chuva, grandes estiagens.

A irracionalidade do animal racional e ganancioso ainda manipula a população em prol dos seus abjetos interesses, tal qual, Hans Christian Andersen, há 200 anos, descreveu na estória infantil das Novas Roupas do Rei.

Saúde e felicidade.

O AUTOINTITULADO ANIMAL RACIONAL

Não tenho conhecimento da existência de outros animais, todos denominados de irracionais pelos autointitulados animais racionais, que constroem tantas armadilhas para si mesmos quanto o faz a espécie homo sapiens.

Peguemos o caso do Japão desta semana. Um ser racional, ou que se vale da inteligência emocional, dentro do conceito do psicólogo PhD norte-americano, Daniel Goleman, não permitiria que uma terra tão sujeita a terremotos como o é o Japão fosse tão densamente povoada. Nesta mesma linha, como entender que em terra com elevada frequência de abalos sísmicos se construa uma usina nuclear, com a total conivência de todas as nações do mundo?

Vejamos o caso do Estado de São Paulo, especialmente, da região metropolitana de sua capital. Todos sabem que lá ocorrem grandes e destruidoras inundações no período das chuvas. Como admitir, sob o controle de um animal racional, que existam tantas barragens em local tão densamente povoado? E, pior, que elas não tenham a sua vazão controlada de modo que não haja a necessidade de abrir suas comportas quando a terra já está saturada e não mais absorve água. Eu sei, a alegação foi que tal acorreu para evitar o rompimento das mesmas. Como todos sabem que muita chuva cai neste período, por que os animais racionais responsáveis por tais barragens não se valem da sua racionalidade e controlam o conteúdo de água das mesmas em níveis mínimos antes do início das chuvas e ao longo de todo período chuvoso, de sorte que não corram o risco de se romperem e não seja necessário despejar mais água sobre a população ali residente? Que as encham ao máximo quando o período chuvoso estiver se findando.


Foquemos São Lourenço do Sul/RS. A avalanche de água desta semana nesta cidade, sem que lá tenha chovido, remeteu-me ao que ocorreu no Estado do Sergipe no ano de 2010. Embora, oficialmente, negado, a desgraça daqueles nossos patrícios nordestinos foi provocada pelo rompimento de barragens, até prova em contrário. A região do interior do Município de São Lourenço do Sul, segundo informações que obtive, tem fartura de açudes. Por lá se planta arroz irrigado! Choveu muito, não duvido. Acredito que de fato tenha chovido intensamente, fora do normal mas, sem que houvesse algum fator provocado pela mão gananciosa de algum(uns) animal(ais) racional(ais) custo a crer que aquela avalanche de água teria sido formada apenas com a chuva que caiu, se esta tivesse escoamento natural, sem qualquer obstrução produzida pelo homo sapiens.

Penso que, antes de se exigir das autoridades um melhor equipamento e maiores investimentos nas equipes da Defesa Civil, seria necessário exigir que as autoridades constituídas inspecionassem, metro a metro, toda superfície territorial brasileira, especialmente, onde há aglomerações humanas, para destruírem todas as obstruções que os animais racionais tenham construído em qualquer curso de água. E, obviamente, punir exemplarmente os responsáveis. E, quanto às barragens que servem para abastecer a população e produzir energia elétrica, que se faça em épocas de chuva um manejo inteligente, pois, é melhor haver racionamento de água e energia do que, ano após ano, contarmos o número de seres iguais a nós que morrem por causa destes gerenciamentos que visam apenas e tão-somente o lucro. Se não houver outro jeito que se mudem as pessoas para locais seguros, certamente, o mais indicado e barato.

No caso do Sergipe/2010, São Paulo, todo ano, São Lourenço do Sul/2011 e outros assemelhados, talvez fosse de bom tom que os prejudicados acionassem o Ministério Público para que este averigúe as verdadeiras causas das tragédias de que foram vítimas. Apenas atribuir tais desgraças ao excesso de chuva, para mim, é conversa para fazer boi manso dormir.

Urge que nós, autointitulados, animais racionais paremos de construir arapucas e armadilhas de todo tipo para nós mesmos.

Meus pesares a todos os seres humanos que foram vítimas, especialmente, em tragédias evitáveis, como as referidas aqui.

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHERES, meus mais carinhosos e sinceros parabéns!

Nesta data desejo que tudo de bom possa iniciar-se na vida de vocês todas, principalmente, daquelas menos afortunadas afetiva e materialmente.

Peço-lhes, humilde e sinceramente, que evitem ao máximo copiar as coisas erradas a que nós homens estamos sujeitos e acostumados. Continuem sendo intuitivas e sensíveis, bonitas e carinhosas, frágeis e femininas. Valham-se da sua maior virtude, a maternidade, e modifiquem o curso da humanidade. Só vocês, mulheres, têm este dom, a chave para melhorar a convivência entre os seres humanos. Só vocês podem ensinar e educar, principalmente, vossos filhos homens a serem educados, gentis, afetuosos, respeitosos, solidários, enfim, que tratem as mulheres com a mesma dedicação e sensibilidade que vocês dedicam a nós homens.

Um abraço e um beijo na alma de todas vocês.

Saúde e felicidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

AINDA O TRÂNSITO: pedestres, triciclos, bicicletas, motocicletas, carros, ônibus, caminhões, carretas,...

Na medida em que o ser humano evolui, seja porque cresce ou porque a sua condição econômica lhe permite ou exige este ou aquele meio de locomoção e/ou transporte, como regra geral, vai aparecer o seu egoísmo e com este o seu lado de animal irracional e indomado se diz presente.

Crianças sozinhas andando ou perambulando pelas calçadas passam desapercebidas e, não raro, são abalroadas ou atropeladas. Aos idosos, deficientes físicos e doentes a nossa civilização reserva o mesmo.

A criança que tem seu triciclo ou bicicletinha, quando se aventura no meio dos pedestres, seja nas calçadas ou em praças, como regra geral, sai atropelando tudo que estiver pela frente (já mostra a educação que está recebendo). Os atropelados, em geral, acham graça...o que confirma, para a criança, que ela está certa (assim vai edificando seu modo de vida futuro e desrespeito ao próximo).

O jovem ou adulto que tem sua bicicleta, seja para o seu lazer e/ou para o seu transporte e/ou para o seu trabalho, quando, para não correr riscos em meio aos veículos motorizados, circula sobre a calçada de pedestres, desrespeita claramente à legislação e, em geral, aos pedestres também.

Aquele que compra a sua motocicleta, seja para o seu lazer e/ou para o seu transporte e/ou para o seu trabalho, também, como regra geral, não respeita a ninguém, nem à legislação, confiando apenas na maior agilidade de circulação que a mesma possibilita. No que diz respeito aos moto-boys, convém lembrar que fazem as estripulias que vemos, rotineiramente, em grande parte porque quem solicita seus préstimos o faz, em percentual elevado, de última hora, logo, tem toda a pressa do mundo. O patrão do moto-boy, ou o próprio, para não perder o cliente, acaba exigindo urgência, velocidade, pronto-atendimento. Isto resulta em desrespeito a todos que estão no trânsito, calçadas e pistas de rolamento.

Os motoristas de veículos motorizados, acima das motos, conforme a velocidade e tamanho dos mesmos, vão se impondo, desrespeitosa e criminosamente, tudo denotando a sua mais absoluta falta de educação, de respeito e de solidariedade e, principalmente, mostrando o seu grau de deficiência mental.

Segundo estudiosos se o teste psicotécnico para a obtenção de CNH fosse um pouco mais rigoroso mais de 70% dos atuais motoristas não obteriam aprovação para dirigirem motocicletas e automóveis. Ou seja, a cada 10 motoristas legalmente habilitados, 7 não têm condições psicológicas e emocionais para estarem na direção de um veículo automotor. Sem contar com a quantidade que nem habilitação legal tem. Certamente, não deve ser diferente quanto àqueles que circulam com as suas "bikes", em qualquer situação.

Somando isto ao álcool, às demais drogas e às jornadas, desumanamente, longas de motoristas de transporte de cargas e pessoas, temos essa carnificina que é o trânsito no Brasil.

Isto não será resolvido com passeatas que fecham o trânsito, principalmente, em horários de pico e vias de grande movimentação.

Antes de qualquer coisa é preciso respeito ao próximo, desde pequeno e em qualquer situação. Isto não se aprende na escola e, muito menos em frente à tevê e sua programação altamente violenta e de maus costumes. Quem tem que dar o primeiro e principal exemplo são os pais. Eis a questão! Os pais só podem mostrar e ensinar aquilo que aprenderam. E, pelo menos nos últimos 30 a 35 anos, as principais educadoras das crianças têm sido as babás eletrônicas e o seu violento e de maus hábitos conteúdo. Tudo, todavia, é proposital!

Pensem nisto.

Respeito, saúde e felicidade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O ATROPELAMENTO DOS CICLISTAS DE PORTO ALEGRE

Por interesses econômicos escusos a sociedade foi e continua sendo exposta à manipulação de bem produzidas peças publicitárias que impõem a ditadura do automóvel.

Toda estrutura das vias públicas sempre beneficiou o automóvel e sob os aplausos, principalmente, dos proprietários e usuários destes veículos.

Quantos motoristas ao saírem de garagens dão a devida e legal preferência às pessoas que estão caminhando na calçada? Quantos quase-atropelamentos ocorrem, diariamente, em tais circunstâncias?

Recentemente, sob os aplausos de grande parte da população não atingida, o Município de Porto Alegre aprovou lei proibindo a circulação de carroças por atrapalharem o trânsito de veículos.

Vivemos sob a ditadura do automóvel!

ACABAR, TODAVIA, COM ESTA DITADURA, COM ESTE, EMBORA NADA SAUDÁVEL, MODO DE VIDA MODERNA, COM TENTATIVAS ISOLADAS QUE FECHAM AS VIAS PÚBLICAS EM HORÁRIO EM QUE A MAIORIA DAS PESSOAS, APÓS UM DIA DE TRABALHO, ESTÁ SE DESLOCANDO PARA CASA EM ÔNIBUS SEM O MENOR CONFORTO, NÃO ME PARECE SER O MAIS RAZOÁVEL, A MANEIRA MAIS PRODUTIVA DE CONSCIENTIZAR ALGUÉM A TROCAR O CARRO POR BICICLETA.

Acredito que qualquer pessoa, inclusive os ciclistas, tem todo direito de protestar e tentar conscientizar os usuários de veículos de passeio a trocá-los por bicicletas porém, ninguém, nem os ciclistas, têm o direito do ponto de vista ético, moral e legal, de bloquear ou impedir a circulação de outrem.

Não tenho dúvida que se o passeio destes ciclistas fosse uma manifestação popular, seja de trabalhadores, de colonos ou moradores de vilas, mesmo sem que as autoridades tivessem sido comunicadas, lá estariam policiais e agentes de trânsito para abrirem espaço para os automóveis, para permitirem o direito constitucional de livre circulação.

O motorista atropelador, por errados que estivessem os ciclistas que cercearam o direito de livre circulação dos veículos, inclusive do transporte coletivo, deve e, ao que parece, está sendo submetido à lei criminal. Mas, e os ciclistas que fecharam a via pública à livre circulação, não infringiram a legislação? Logo, não estão sujeitos à penalidade?

Combater intolerância com intolerância nunca deu bons frutos... Este motorista intolerante passará alguns dias na cadeia, ao passo que alguns dos ciclistas intolerantes passarão alguns dias curando seus ferimentos.

Trocar uma ditadura por outra, tampouco deu e dará bons resultados.

Senhores e Senhoras Ciclistas, protestem, tentem conscientizar os motoristas e a população em geral a trocar o automóvel pela bicicleta mas, não tolham o direito à livre circulação pois, além de atraírem a antipatia de parte da população, vocês, agindo assim, colocam a sua própria vida em risco. Não creio que vocês estejam tentando produzir um mártir para fortalecerem essa causa!

Senhoras(es) Ciclistas, não sejam tão cegos e intolerantes quanto o são muitos motoristas!

Saúde e felicidade.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CONSÓRCIO OU POUPANÇA?

O consórcio é uma espécie de poupança, embora sem a liberdade desta e direcionada, com uma determinada finalidade.

Economia alguma é forte e consistente sem que haja grande e continuada poupança popular.

Quando o Japão era o queridinho do capitalismo internacional sua poupança interna média era ao redor de 70 mil dólares por habitante.

Parece-me que consórcio é daquelas coisas modernas e chiques, ao passo que caderneta de poupança é algo antigo, démodé.

No consórcio se paga para poupar.

Na poupança tem-se uma pequenina remuneração, além de atualização monetária.

No consórcio, caso você se aperte e não consiga pagar uma prestação em dia, você pagará acréscimos.

Na poupança, caso você não tiver grana para depositar, você apenas deixará de aumentar o seu saldo.

No consórcio você assume obrigações que, no caso de não conseguir honrá-las, no mínimo, você terá alguns incômodos e gastos extras com juro de mora, p.ex.

Na poupança você tem plena liberdade de depositar quando e quanto você puder ou desejar.

No consórcio, para você parar de pagar, há algumas formalidades e ônus.

Na poupança, parando de depositar, seu saldo apenas deixará de aumentar.

No consórcio, caso você necessite do dinheiro, digamos por uma emergência tipo força maior, você não pode contar com o mesmo...há formalidades e demanda de tempo para levantar a grana.

Na poupança, é só esperar o banco abrir as portas e sacar a quantia que você desejar ou necessitar. No máximo perderá o rendimento de 29 dias.

O consórcio por ser uma forma societária necessita regramentos, logo, os participantes, os consorciados, estão sob o jugo de direitos e obrigações frente aos demais participantes de cada grupo. Se um deixar de cumprir suas obrigações, os demais arcam com as consequências.

A poupança é a expressão da liberdade e da liquidez quase imediata, apenas limitada ao horário de expediente do setor bancário.

O consórcio aproveita-se das pessoas que não têm o suficiente autocontrole financeiro e, por isto, sentem-se na contingência de não terem pleno domínio sobre o seu próprio dinheiro...dinheiro na mão é vendaval... Tais pessoas preferem pagar para outrem cuidar da sua grana e não permitir que a gaste livremente.

A poupança é para pessoas que têm autocontrole suficiente para não gastarem à toa o seu dinheiro. A poupança não cobra para cuidar do nosso dinheiro e nos disponibiliza o mesmo a qualquer hora.

O consórcio é muito mais obrigação do que direito e vantagens. Apenas os primeiros contemplados obtêm vantagens, comparativamente, a financiamentos. Para os demais é um financiamento pago antes de ter o bem.

A poupança, embora tenha regramento, é muito mais vantajosa. A poupança é para pessoas que gostam de usufruir plena liberdade sobre o seu dinheiro.

Adquira autocontrole sobre a sua vida. Doutrine-se! Convença-se que você pode cuidar do seu dinheiro sem desperdiçá-lo. Mas, se você não conseguí-lo...continue pagando a terceiros para administrarem-no.

Saúde e felicidade.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A TELEVISÃO NA ÓTICA DE UM PSICANALISTA

Vejamos o que diz Alexander Lowen, psicanalista norte-americano, a respeito da televisão na obra Narcisismo:

...a ligação entre perda de vivacidade e fascínio com as imagens é bastante evidente em nosso envolvimento com a televisão e o vídeo. Todos sabemos que a superexposição à televisão tem um efeito depressivo sobre a vivacidade do corpo. Embora sejamos constantemente estimulados por imagens, não temos um modo de descarregar a excitação. Tenho ouvido numerosas pessoas queixarem-se de que, quando viam televisão várias horas seguidas, sentiam-se mais cansadas do que antes. Isso explica o efeito hipnótico que a pequena tela possui. Quando começamos a ver um programa, continuamos vendo-o quase contra a nossa vontade, e poderemos ver um programa após outro. Tendo-nos rendido à passividade de espectadores, não tardamos em perder a energia para reatar a nossa vida ativa. Esse processo de amortecimento faz com que nos voltemos para a tevê por causa de sua estimulação, o que, evidentemente, cria um círculo vicioso: a perda de vivacidade leva a uma necessidade de estimulação que, por sua vez, produz mais amortecimento.

O doutor Lowen continua:

...existem alguns aspectos positivos na televisão. Todos temos desfrutado de alguns excelentes programas, fato que aumenta a nossa esperança de que toda vez que ligarmos o aparelho algo excitante será apresentado. Embora uma programação boa seja rara, a sedução do espectador é permanente. Independentemente da qualidade do programa, as pessoas estão presas à televisão.

Saúde e felicidade.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

TV ABERTA GRÁTIS! Será mesmo?

Volta e meia os concessionários dos canais de televisão do Brasil veiculam peças publicitárias em que afirmam que a tevê aberta é grátis.

Não bastassem todas as veiculações contrárias à ética e à moral que visam apenas atender a interesses econômicos escusos, ainda temos que assistir a mais esta deslavada mentira?

Qualquer empresa inclui no preço de venda de seus produtos os valores gastos com propaganda. Como a tevê tem suas receitas oriundas da publicidade que veicula, afirmar que a televisão aberta é grátis, no mínimo, é considerar todo o público expectador ignorante (não devem ter aprendido que não se engana a todo mundo o tempo todo). Na realidade quem banca todo aparato da televisão são os consumidores de qualquer produto que tem propaganda na mesma, independentemente, de assistir mais ou menos ou nem assistir tevê. Ou seja, até quem não tem aparelho de tevê pode estar pagando pela sua programação. Mais ou menos como pagar ingresso para o cinema e não entrar na sala de exibição.

Por essas e outras pergunto: como acreditar num meio de comunicação, que mente tão descaradamente quanto à gratuidade da sua programação para o expectador, quando fala, por exemplo, da elevada carga tributária do país?

Como acreditar nesse meio de comunicação quando, por exemplo, apresenta alguma reportagem investigativa? Ou quando fala mal de determinado produto/empresa – sempre ou quase sempre não anunciante.

A bem da verdade, diariamente, a tevê mostra suas contradições que, se propositais, mostram realmente o quanto a televisão brasileira não é merecedora de crédito, de confiança,...

Em tom jocoso e/ou irônico dá para dizer que a televisão brasileira ensina "gratuitamente" várias coisas, como por exemplo:
- trair, mentir, trapacear, consumir bebida alcoólica, desrespeitar as leis, em especial as de trânsito, praticar violência de toda ordem e desde bebezinho, e por ai afora.

É lamentável que veículos como a tevê e o rádio estejam a serviço do mal e não do bem. Caso fossem utilizados para beneficiar a sociedade como um todo, quantas coisas do nosso dia a dia seriam muito melhores!

Saúde e felicidade.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

VIVA A LIBERDADE DA IMPRENSA!

Quem tem como fonte de informações apenas a grande mídia mas, sabe interpretar os acontecimentos mostrados por ela, deve ter se dado conta nos últimos dias que aquilo que parecia uma verdade absoluta até 2 ou 3 dias atrás, já que, basicamente, Coreia do Norte, Irã, Cuba e Venezuela eram faladas como ditaduras, era apenas empulhação, pois acabou de ver na grande mídia que no Egito há uma ditadura de três década. Egito que é o segundo país mais protegido pelos EUA, logo, atrás de Israel.

Quem tem como fonte única de informações a grande mídia e tão-somente percebe aquilo que é dito pelos repórteres e locutores, continua a crer que apenas existem regimes autoritários naqueles países.

O mundo pouco mais capaz de ler as entre-linhas agora sabe que além de Cuba, Coreia do Norte, Irã e Venezuela, o Egito também está, abertamente, sob regime autoritário. Há outras ditaduras mas, são amiiiigas.

Esta é a liberdade que a grande mídia tanto defende: A LIBERDADE DE NOTICIAR AQUILO QUE INTERESSA AOS DONOS DO GRANDE PODER ECONÔMICO.

E a verdade é o resultado obtido da operação: UMA MENTIRA DE TANTO REPETIDA ACABA POR SER ACEITA COMO A MAIS ABSOLUTA VERDADE.

Saúde e felicidade.

domingo, 23 de janeiro de 2011

FUTURO. MAS, QUE FUTURO?

O que esperar do futuro, principalmente, da nossa juventude, quando a autoestima de quem é modelo, de quem é exemplo, em função da sua notória aparição na mídia, é medida pelo volume de corpos estranhos que carrega por dentro da sua própria carne?

Quando o silicone tem mais valor do que a capacidade intelectual ou que a arte que borda um "simples" pano de prato, para mim, não resta nenhuma dúvida porque a prevenção à dependência química, a educação e a geração de oportunidades de trabalho não merecem a devida atenção dos donos do Grande Poder Econômico, e dos políticos e da mídia por eles mantidos: BASTARDOS NÃO REIVINDICAM NADA! Dementes não incomodam!

Saúde e felicidade.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

UMA SOLUÇÃO PARA CESSAR A PERDA DE VIDAS

Quem critica, muitas vezes, é acusado de fazer a crítica pela crítica, sem apontar soluções.

Pois, gostaria de apresentar uma solução bem simples, que demanda apenas vontade, sequer precisa ter boa vontade, basta que haja vontade.

Proponho que os governos dos três níveis - municipais, estaduais e federal - coloquem numa conta qualquer 20% de suas receitas de um ano; que os políticos dos três níveis contentem-se por um ano com no máximo 10 (dez) salários mínimos por mês; que os grandes e megaempresários também coloquem na mesma conta 20% dos seus lucros (grande parte advinda da exploração da mão de obra) de um ano; que os grandes e megaempresários contentem-se por um ano com um pro-labore máximo de 10(dez) salários mínimos mensais; que os médios e grandes sonegadores paguem tudo que sonegaram ao longo das suas vidas e, por fim, que todos os sonegadores, do menor ao maior, parem de se apropriarem dos impostos cobrados dos consumidores e os repassem correta e honestamente ao erário público.

Com este dinheiro será possível tirar todos os brasileiros que vivem em áreas de risco e reassentá-los em locais seguros. Com este dinheiro ainda será possível construir escolas, postos de saúde e hospitais para atender esses brasileiros em seus novos territórios. Também será possível criar, para esses nossos irmãos, oportunidades dignas de trabalho em seus novos locais de convivência. Por fim, este dinheiro dará o amparo necessário que esses seres humanos abnegados necessitam até começarem a receber os frutos do seu trabalho em suas novas e seguras comunidades.

Fora disto: É TUDO UMA GRANDE ENCENAÇÃO E VERGONHA AINDA MAIOR, onde alguns faturam alto com a desgraça de milhares,quiçá, milhões.

Viva o povo explorado e responsável pela geração da riqueza deste imenso Brasil!

Pensem nisto!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ME ENGANA QUE EU GOSTO...

Então tá!

Tome tergiversações.

Os abnegados brasileiríssimos donos dos meios de produção não conseguem produzir os seus produtos na medida das necessidades dos novos consumidores, que foram lançados no mercado graças à geração de empregos acima daquilo que os donos do Grande Poder Econômico - GPE aceitam, para o bem da sua competência, digo, dos seus lucros.

Ontem foi noticiado que a produção não está conseguindo atender a demanda fruto da população que entrou no mercado consumidor. Faltou dizer: por ter emprego tem renda e por isto consegue consumir e os donos do GPE, descontentes, estão querendo sabotar a política de geração de oportunidades de trabalho.

Ora, é só continuarem a empregar mais gente que poderão, sim, produzir para os quase 200 milhões de brasileiros, sem gerarem aumento nos índices inflacionários atuais.

A continuidade na geração de novos empregos acima do que o GPE aceita porém, acabará com a lorota que o Pleno Emprego é utópico e fará que os salários alcancem valores que tornem impossível aos donos das megacorporações manter a renda que atualmente têm. Diga-se, a bem da verdade, renda que vem da exploração da mão de obra e não da competência empresarial como o sistema espoliativo nos diz.

Parece-me que os donos do GPE estão querendo implodir a prática de geração de empregos acima do que lhes convêm e trazer a elevada inflação de volta e, antecipadamente, estão dando a justificativa.

Oxalá o atual Governo Federal, em particular a Presidenta Dilma, tenha a sensatez necessária para manter a política de geração de novas oportunidades de trabalho, de modo que, em curtíssimo prazo, todos os brasileiros possam ter a sua renda vinda do seu labor. Isto, sim, produzirá desenvolvimento e justiça social.

Saúde e felicidade.

domingo, 9 de janeiro de 2011

ANALISEM... JULGUEM...

Recentemente menino de 10 anos, desacompanhado dos pais, morreu afogado no mar, em praia gaúcha, defronte à guarita de salva-vidas. Era dia de semana e naquela guarita apenas há salva-vidas em feriados e finais de semana.
Os familiares bradaram duras críticas contra o Poder Público.

Dias depois deste fato, adolescentes, fora do horário dos salva-vidas, banhavam-se em área reconhecidamente perigosa.
Próximo dali salva-vidas estavam a exercitar-se e, vendo que os adolescentes estavam em apuros foram socorrê-los, mesmo sem o necessário equipamento. Em função disto dois salva-vidas quase morreram...todos pararam no hospital.
Os familiares destes adolescentes não foram localizados pela mídia. Teriam ido embora da praia.
Foram-se e sequer lembraram-se de irem ao hospital visitar e agradecer aos heróicos homens que salvaram a vida de seus filhos.

Se os salva-vidas do último caso tivessem sido irresponsáveis como os pais dos dois casos, os familiares do segundo acontecimento não estariam a criticar furiosamente o Poder Público? Clamando por responsabilização dos salva-vidas que, estando sem o necessário equipamento, não socorreram seus adolescentes?

Digamos que, por questão de autopreservação, os salva-vidas tivessem primeiro buscado o seu equipamento para então prestarem a ajuda e, neste meio tempo, os moleques tivessem se afogado, será que os seus familiares não estariam acusando os salva-vidas de excesso de zelo por si próprios em detrimento de temerários que foram banhar-se em local sabidamente perigoso?

E se os salva-vidas tivessem morrido na heróica empreitada?
Quem ampararia suas famílias?
Quem choraria por eles?
Quem seria responsabilizado pela morte deles?

Saúde e felicidade.

domingo, 2 de janeiro de 2011

RECADO DO GPE AOS GOVERNANTES

Em lugar algum, seja em sala de aula, seja na grande mídia, ouvi ou li qualquer professor de economia ou economista falar na possibilidade do PLENO EMPREGO.

Não estou afirmando que ninguém defende a possibilidade do Pleno Emprego. Eu, porém, nunca ouvi algum professor de economia ou economista cogitar dessa viabilidade, pelo contrário, unanimemente, pregam a utopia do Pleno Emprego.

O máximo que eu ouvi de um professor em sala de aula, casualmente não era um professor de economia, foi que para a indústria era mais vantajoso empregar menos gente, produzir menos e cobrar mais caro pelos seus produtos. Esta é a realidade do desenvolvimento que interessa às elites e que elas fazem apresentar aos eleitores.

Os professores de economia, quando instados do porquê da propalada utopia do Pleno Emprego, elencavam inúmeras razões mas, jamais ouvi de um deles, sequer, que as causas eram os interesses dos poderosos.

Apenas no que concerne à riqueza e pobreza ouvi um professor de economia, em programa de tevê, falar que para os pobres poderem melhorar sua situação, os ricos teriam que abrir mão de alguma coisa porém, como estes tinham (e continuam tendo) o poder nas mãos tal era impossível, pois jamais admitiriam perder qualquer coisa.

O atual grupo que está no Poder Central do Brasil criou mecanismos que propiciaram a geração de empregos além daquilo que a classe dominante entende como aceitável. Prova disto é o salário mínimo em torno do qual, historicamente, havia pleitos para que fosse elevado a 100 dólares. Hoje está em torno de 300 dólares. Tal somente foi possível porque houve geração de novos empregos bem acima daquilo que tradicionalmente ocorria. Não foi por benevolência de ninguém.

Durante a recente campanha eleitoral deu para ter uma ideia do quanto a classe dominante economica e politicamente está incomodada com essa situação.

Lembro que, na história recente do Brasil, no primeiro semestre de 1992 houve geração significativa de novos empregos, isso não pode ter continuidade pois o então Presidente Collor pouco depois foi tirado do poder. Havia razões para tanto? Com certeza havia porém, penso viável considerar a hipótese da geração de empregos além do permitido pelo Grande Poder Econômico - GPE como uma das causas, talvez a gota d’água da sua queda...

Em matéria do caderno Dinheiro do jornal Zero Hora de Porto Alegre, do dia 19 último, era enfocado o baixo nível de desemprego na região metropolitana desta cidade. Em dado momento o texto dizia “...está no limiar estatístico do pleno emprego.”

Considerando a linha ideológica deste jornal, como de resto de toda grande mídia, não me parece difícil ver neste texto uma espécie de recado dos donos do GPE, a classe economica e politicamente dominante, ao futuro (atual) Governo.

O que isto pode significar?

Temo que, caso o Governo Federal insista em mecanismos que facultam a criação de novos empregos, contrariando aos interesses dos poderosos, estes poderão colocar alguma pedrinha no caminho da atual Presidenta, a exemplo do que foi feito em 2005 quando havia na grande mídia propaganda do Governo Federal que incitava a população à educação e ao respeito uns com os outros. Foi, entre outros, este um dos motivos da veiculação e todos os desdobramentos do caso Mensalão, haja vista que, tão-logo aquela peça publicitária foi tirada do ar, a CPI do Mensalão e todo alarido da oposição acabaram. Viraram pizza!

Tomara que a Presidenta Dilma tenha a coragem e a determinação necessárias para, continuadamente, criar cada vez mais novas oportunidades de trabalho, pois este é o único caminho que levará de modo consistente ao desenvolvimento de toda população do nosso país (como de qualquer país) e, por conseguinte, ao desenvolvimento do país.

Saúde e felicidade.