terça-feira, 29 de junho de 2010

PÉROLAS DOS POLÍTICOS

Interessante observar como eles são contraditórios, mesmo em plena campanha eleitoral, quando mostram "seus grandes feitos".

O Governo do Estado do RS tem peça publicitária na mídia onde diz que primeiro colocou as contas em dia e depois melhorou a segurança pública.

Diariamente lemos nos jornais, ouvimos nas estações de rádio e de tevê sobre assaltos, roubos, furtos, tráfico de drogas, homicídios,... até hoje não li e nem ouvi ninguém dizer: a violência e a criminalidade estão regredindo.

Vejam só o que disse o Secretário de Educação do RS, pertencente ao Governo que diz que investiu e melhorou a segurança pública, a respeito de Professora assassinada com tiro na cabeça, dentro do pátio de uma escola, na última sexta-feira: "NÃO PODEMOS NOS PREOCUPAR COM UM FATO ISOLADO".

Fato isolado, Sr. Secretário?

Diariamente, a mesma mídia, onde o Governo ao qual o senhor pertence gasta milhões de reais advindos dos impostos, mostra o tráfico de drogas solto dentro das escolas e os professores acuados. Esta mídia, rotineiramente, mostra escolas arrombadas e roubadas...

Saúde e felicidade.
JPMetz

segunda-feira, 28 de junho de 2010

PÉROLAS DO PODER PÚBLICO

"Esta é a realidade deles."

Frase dita por responsável pela Defesa Civil do Município de Porto Alegre, a propósito do retorno às suas casas, mesmo em precárias condições e situação geral, de desalojados dos alagamentos deste final de semana na Zona Sul do Município.

Mas, não é de responsabilidade do Poder Público dar a essas pessoas condições dignas de moradia?

O que significa, no mínimo, longe de áreas de risco.

Saúde e felicidade.
JPMetz

sexta-feira, 25 de junho de 2010

AS MEIAS-VERDADES

O que está por trás de cada fato e notícia apresentados com intensa repetição?

Quem domina a grande mídia é notório que são os grandes anunciantes, logo, dentro do contexto em que vivemos é normal, embora errado, que sejam eles quem determina aquilo que pode e aquilo que não pode ser veiculado.

Jamais chegaremos a bom termo, em qualquer discussão, se ela ficar restrita à parcela que interessa à determinada parte.

Há questão de 30 dias foi dado bastante destaque à elevada carga tributária do Brasil. Sempre dando a entender que caso os impostos fossem menores os preços, igualmente, seriam mais baixos. Infelizmente, em geral, a memória das pessoas é curta. Quantas vezes impostos foram baixados sem que os preços ao consumidor fossem reduzidos? Logo, é totalmente parcial e tendenciosa toda discussão que envolve tributos, se ela não abordar o assunto como um todo. E a principal questão que eu levanto é a sonegação. Há pouco tempo tivemos donos e executivos de grande cervejaria e de um shopping de alto luxo presos por crime fiscal. Ligeirinho foram soltos, smj, por determinação judicial. Certamente, não são os únicos, talvez nem os maiores. Quantas denúncias ouvimos aqui e ali?

A população dos sem influências fazer eco com os grandes empresários é um tiro no pé. Estes têm o poder nas mãos, aqueles, ou nós sem influências, servimos apenas de massa de manobra, logo, deveríamos lutar por salários dignos e preços menores e não fazer coro com o GPE (Grande Poder Econômico) por redução de impostos.

Eu não sou a favor de excessos, nem de tributação e nem de lucros, e sou totalmente contra as meias-verdades, as mentiras.

Há dois anos um Município da Região Metropolitana de Porto Alegre, diariamente, estava nos noticiários de certa empresa de comunicações, por causa dos homicídios que lá ocorriam.
Quando a Prefeitura deste Município passou a veicular propaganda na tevê desta empresa, as mortes cessaram, ao menos, nos noticiosos desta emissora.

Observando tal situação e as sucessivas vezes que ouço esta empresa de comunicações falar em liberdade de expressão, eu não tenho como não perguntar: qual a liberdade de expressão que eles querem? A liberdade verdadeira ou aquela que praticam, quando usam o seu poder de formadores de opinião, para forçarem alguém a veicular propaganda nas suas empresas?

Falar em elevada tributação, em liberdade de expressão, em falta de qualificação profissional, etc., sem entrar a fundo no seu contexto é um grande desserviço a toda população explorada e sem influências. É uma grande mentira! Para o bom observador fica evidente que há outros interesses, além daqueles declarados.

Saúde e felicidade.
JPMetz

quarta-feira, 23 de junho de 2010

INTERE$$E$ e nada mais!

Se o SUS funcionasse a contento, quem pagaria caros planos de saúde?

Se a Segurança Pública fosse eficaz, quem faria seguro contra roubo de veículo?

Se todos tivessem moradia digna, como ficariam aqueles que ganham muito dinheiro com a especulação imobiliária?

Se todos tivessem o direito à sagrada oportunidade de trabalho, como ficaria a propalada competência dos que auferem altos ganhos explorando a mão de obra?

Se os Governos tivessem poder para coibirem a sonegação de impostos, qual seria a real carga tributária do Brasil? Será que chegaria a 25%? (Está implícito que com tal poder teriam também outros poderes que não lhes são permitidos pelo Grande Poder Econômico.)

E quais seriam o discurso e as promessas (e acusações) dos políticos em campanhas eleitorais?

Saúde e felicidade.
JPMetz

DEPRESSIVO PERFEITO: a cidade grande

Quantas pessoas estão à volta com quadros depressivos?
Quantas pessoas buscam nas drogas um refúgio, um amuleto?
Quantas pessoas estão nos consultórios e nas clínicas psiquiátricas e psicológicas? Sem contar que é muito maior o número delas que precisaria de tratamento mas, por razões variadas, não o faz.
Quantas pessoas são vítimas dos enredos das cidades grandes?
Quem depende de deslocamento para exercer a sua atividade remuneratória e de sustento, seja com condução própria ou transporte coletivo, já vai dormir preocupado, pois terá que acordar cedo e sair de casa duas, três, ou mais horas antes do início da sua jornada laboral, onde, por si só, terá algumas atividades que ao natural são estressantes. E para retornar ao aconchego do lar, novamente, perderá duas, três ou mais horas.
Uma jornada de trabalho de 8 horas com, pelo menos, 1 hora de intervalo para almoçar, mais, no mínimo umas quatro horas perdidas em deslocamentos e lá se foi mais da metade do dia. O que pode chegar a quinze, dezesseis horas por dia.
Dizem que em média o ser humano precisa dormir ao redor de oito horas diariamente.
Como, se o camarada perde, do momento que sai da sua casa até o retorno a ela, 16 horas?
Afinal, ele precisa tomar banho, tomar café e, à noite, jantar.
Imagine todas as situações da rotina de um ser humano, do mais pobre ao mais bem aquinhoado, que não tem outras pessoas para fazerem as suas atividades, como ir ao banco, à repartição pública, ao supermercado, levar os filhos à escola, ... Quantas filas enfrentadas ao longo de um mês! Quanta angústia e quanto estresse!
Quantas desavenças, fruto disto, nos meios profissional, social e familiar a, continuamente, alimentarem, mais e mais, a angústia e o estresse?
Tudo isto, simplesmente, não precisaria existir. Bastaria que as pessoas trabalhassem próximo de onde moram.
Que houvesse pequenos colégios, pequenos estabelecimentos comerciais e fabris, pequenas agências bancárias, etc., tudo espalhado pela geografia das cidades.
O ideal seria que as cidades não ultrapassassem 100 mil habitantes.
Isto traria benefícios para quase todos.
Sim, para quase todos, pois os donos do Grande Poder Econômico – os únicos - perderiam dinheiro, prestígio e poder, embora, seguramente, também ganhariam em qualidade de vida.
Ah, haveria um grande ganho adicional. Digamos que a poluição total não seria reduzida mas, ela estaria espalhada num espaço muito maior, o que daria melhores possibilidades da natureza absorvê-la. Isto também melhoraria a qualidade de vida de toda a população.
As vantagens de menores concentrações populacionais são enormes, contra apenas uma desvantagem que recairia sobre os donos do Grande Poder Econômico: com as atividades econômicas e a população espalhadas seria bem complicado dispor dos atuais e enormes contingentes de pessoas desocupadas, o que, fatalmente, elevaria os salários a valores que tornaria as megacorporações inviáveis.
Certamente, dentre todos os males que afetam a saúde física e mental das pessoas, as cidades grandes sejam a principal culpada, a causa número um.
Pense nisto e se puder, experimente ir morar em uma cidade de porte pequeno, preferentemente, com menos de 100 mil moradores. Eu diria, experimente morar numa cidade que não tenha “shopping center” e nem num raio igual à distância que você se desloca diariamente da sua casa ao seu trabalho, exista um.
Saúde e felicidade.
JPMetz

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PAI, MAS O REI ESTÁ PELADO!

Esta frase foi escrita há quase 200 anos.
Não havia rádio, não havia televisão!
Escola e igreja, sim!
Exploradores, igualmente.
Difusão da sua ideologia, é lógico que sim... do contrário, como ela teria chegado até os dias atuais?
Como e onde?
De boca em boca, nas escolas e nas igrejas. E via opressão e exploração, é claro.
Com escravidão, autoritarismo, mentiras, amedrontamento, ditaduras!
Ah, não havia Fidel, nem Chaves, nem Bush, nem Lula, nem Evo, nem Collor, nem FHC, nem Pinochet,... mas, hedionda e criminosa exploração da mão de obra, para deleite de pouquíssimos, havia. Como havia defensores dos exploradores, os senhores escravagistas, os senhores feudais, os senhores navegadores,...
Certamente, não era mera casualidade que até cerca de 200 anos atrás possuir um exemplar da bíblia era considerado pecado (ou crime?)... quem a tivesse era obrigado a entregá-la à igreja.
A considerar o que a história (e a bíblia) diz, bastava (e basta, hoje também) insurgir-se contra os exploradores, para que o insurgente fosse acusado, difamado, perseguido, traído pelos que defendia, condenado, crucificado, morto e esquartejado.
Por fim, tudo continua no seu lugar, igual como antigamente quanto ao modo operacional dos exploradores do trabalho alheio, que sempre se viram na “obrigação” de coisificarem as pessoas, tornando-as seres com capacidade intelectual amorfinada, atrofiada, enfim, com insignificante serventia e que, assim, aceitam tudo que dá ao seu corpo circo abundante e um naco de pão.
Qualquer semelhança com a estória infantil de Hans Christian Andersen publicada em 1837, seguramente, não é mera coincidência.
Saúde e felicidade.
JPMetz

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A LEI DA OFERTA E DA PROCURA

Esta lei natural que rege boa parte das relações humanas, especialmente, as comerciais, incluíndo as trabalhistas, é imutável, todavia, e talvez por isto, é por demais manipulada, em particular pelo Grande Poder Econômico (GPE).

Este, com seus tentáculos que aprisionam o sistema político-jurídico, e que se vale da mídia para fazer a abjeta lavagem cerebral, é responsável pela miséria, pela violência, pela criminalidade, enfim, pela infinidade de maldades que ocorrem pelos quatro cantos, não só do nosso país, mas do planeta.

Ele joga nas principais frentes políticas, logo, uma boa prática seria tomarmos todos os cuidados necessários daqui até o dia da próxima eleição.

A meu ver, e a história nos mostra isto, não existe o melhor candidato. O sistema é viciado e parcial, existe para atender aos interesses do GPE. Como tal, é um tremendo equívoco falarmos em democracia, pois o que temos é a Plutocracia, e votar jamais mudará concreta e duradouramente a situação como um todo.

Os eleitos têm duas opções: fazerem o jogo do Grande Poder Econômico ou serem meros coadjuvantes... isto é, sobrarem!

Saúde e felicidade.
JPMetz

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PROMESSAS ELEITORAIS, TELEVISÃO E NÓS!

Uma prática comum dos políticos são as promessas feitas encima dos anseios e das necessidades da população.
Prometem tudo, desde asfalto, postos de saúde, policiamento, escolas, hospitais, ... tudo que a população precisa para ter uma vida um pouco melhor. Prometem até mesmo aquilo que não fizeram quando ocuparam cargos nos quais tinham poder para tanto.
Certa feita, um candidato a prefeito prometeu colocar dois policiais em cada esquina, o que representaria oito soldados num cruzamento de duas vias.
Um candidato a deputado estadual prometeu acabar com os “pardais” nas vias públicas.
O cumprimento de nenhuma destas promessas estava nas mãos dos cargos que disputavam.
A programação televisiva de má qualidade, jorrando sangue em muitos programas, certamente, tem em vista os mesmos anseios populares.
Mostram os deficientes serviços públicos rotineiramente, com certeza, como forma de cativar, como espectador, o cidadão que é mal atendido.
Mostram crimes de toda ordem, e os apresentadores deitam falação, ora criticando, ora elogiando esse ou aquele político. Postam-se acima dos magistrados e vão condenando, modificando leis, etc. E o povo, desejoso, de segurança, aplaude e endeusa tudo que tais locutores dizem... qualquer um deles que se candidatar a cargo político tem grandes chances de eleger-se. Quantos já se elegeram atuando assim?
Durante cerca de um ano acompanhei um destes programas. Havia um canal aberto ao espectador, via torpedos. Enviei, creio que mais de 50 torpedos. Todos, em maior ou menor grau, contrariando a linha editorial do programa. Responderam a todos. Nenhum, todavia, foi veiculado...e olha, que muitos outros, talvez por falta de novos, eram repetidas vezes mostrados na tela da tevê. Mas, naqueles que eram mostrados havia uma coisa em comum: concordavam com o apresentador e a linha do programa.
Com o advento da “Internet” e a facilidade que isto trouxe para as pessoas manifestarem suas opiniões, seja em portais ou em seus próprios “blogs”, surgiu uma excelente oportunidade de vermos o quanto as pessoas, em geral, ao menos as que se manifestam, têm suas opiniões influenciadas com aquilo que é difundido por toda parte, seja na escola, na igreja, pelos políticos e, notadamente, pelos meios de comunicação de massa.
Tenho lido muitas pessoas criticando as atitudes dos políticos, entretanto, mostram em seus textos comportamento bastante parecido, muitas vezes, igual àquele que condenam nos chamados representantes do povo.

Abrindo um parênteses: tenho lido, também, muitas opiniões altamente qualificadas e que mostram absoluta coerência.

Ora, quem deseja, sinceramente, mudar as relações interpessoais não deveria ter atitudes melhores do que as que critica? Aquelas que todos criticamos?
Como vou condenar, por exemplo, um político que faz propaganda eleitoral intempestiva, se eu, nos meios de que disponho também o faço?
Eu tenho um princípio que trago de longe e que foi reforçado numa aula de direito, quando o professor disse “nem tudo que é legal é moral e nem tudo que é moral é legal”.
Para mim, diante de pessoas corretas, idôneas, sinceras,... e todas o são, até prova em contrário (que elas darão), vale muito mais a questão moral e ética do que a legal.
Em meio a isso tudo eu vou observando e vou pensando... Como mudar as relações humanas sem que haja uma profunda mudança no comportamento de cada cidadã e de cada cidadão? Sem que todos nós ajamos com civilidade e coerência?
A humanidade dispõe de conhecimentos mais que suficientes para tal e tem um veículo fantástico para humanizar as relações dos animais racionais.
Se criticamos a tevê pelas suas influências deletérias no comportamento das pessoas, é porque ela tem este poder.
Para humanizar a sociedade dos “homo sapiens” bastaria uma programação de tevê que valorizasse e difundisse bons modos, respeito, educação de qualidade,...coisas do bem!
Vou insistir numa coisa: em 2005 havia na televisão brasileira uma peça publicitária do Governo Federal que difundia bons modos, boa educação..., enfim, respeito. Infelizmente, como todo político, via de regra, tem uma sujeirinha debaixo do seu tapete, a oposição varreu para fora um pouco dela, surgiu o caso Mensalão que virou CPI que, com a retirada desta propaganda, virou pizza, que foi saboreada por estrelados e tucanos, em companhia de seus aliados.
Isto foi, para mim, uma prova inconteste do quanto interessa ao Grande Poder Econômico o desrespeito entre as pessoas. E a televisão cumpre o seu papel para manter a sua concessão e os seus patrocínios.
Saúde e felicidade.
JPMetz

terça-feira, 15 de junho de 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO: os políticos saem do seio da sociedade.

Segundo o psicanalista norte-americano Alexander Lowen, a pior espécie dentre os seres humanos vai para a política.

Não tenho como não concordar.

Todavia, não sei se por falta de vagas no meio político, se por efeitos da lei Gérson ou por outra razão qualquer, impressiona-me como é fácil encontrarmos pessoas que criticam o comportamento dos políticos, mas, ao melhor estilo destes, agem de modo totalmente idêntico.

Talvez seja em função de uma frase que diz “para conhecermos verdadeiramente uma pessoa, basta dar-lhe poder, por pequeno que seja”.

Dia desses atrevi-me a postar um comentário em num blog em cujas matérias se nota algum rancor; lá havia um texto interessante sobre a lei de cotas. Infelizmente, aproveitaram um tema instigante para nele misturarem politicagem. Eu fiz referência a este fato. Ou seja, o que, “a priori”, seria o foco principal ficou em segundo plano.

Qual não a minha surpresa, quando me deparei com a censura do meu comentário!

Talvez o foco principal fosse exatamente a politicagem, apenas, aproveitaram um tema polêmico para atraírem as atenções e lá, então, destilarem aquilo que, de fato, queriam.

Eu aprendi, desde menino, a ter coerência, isto é, não defender coisas que não faço.

Sou francamente a favor da total liberdade de expressão, mas da verdade, pois, a liberdade de expressão de mentiras tem que ser censurada.

Sou totalmente contra aquela liberdade de expressão que, via de regra, existe nos grandes meios de comunicação de massa.

Recentemente, fazendo uma pesquisa no Google, deparei-me com uma notícia de dois ou três anos, onde uma grande empresa de comunicações, das maiores do país, passou mensagens às agências de publicidade para que não veiculassem propaganda em jornais de bairro. Esta empresa, publicamente, defende a liberdade de expressão. Mas, afinal, qual liberdade de expressão? Aquela que interessa ao seu caixa?

Não coaduno com “faça o que digo, mas não faça o que faço”.

Saúde e felicidade.
JPMetz

quinta-feira, 10 de junho de 2010

TODO HOMEM TEM SEU PREÇO

Salvo raras e honrosas exceções, esta é a verdade em que vive a humanidade.

Há alguns anos, num programa de rádio que trata de assuntos relacionados à saúde humana, um médico, o apresentador, disse, categoricamente, a respeito de produtos anunciados a rodo como milagrosos: é tudo porcaria.

Tempos depois ele, sim, ele, estava fazendo propaganda na televisão de uma dessas porcarias, segundo suas próprias palavras.

Ou algo teria mudado no produto, ou, quem sabe, o "é tudo" foi um exagero, ou esse médico foi flertado pelo cachê?

Provavelmente a última hipótese é a verdadeira.

Hoje, ainda, eu estava assistindo a um programa na tevê, quando um dos locutores, anunciando um desses remédios que não são remédios mas, "curam" as pessoas, disse claramente "em dez dias tira as dores". Que coragem desse moço! Se alguém compra e em dez dias continua com as suas dores, como fica a credibilidade desse locutor? Da minha parte, sabedor que aquele produto é apenas uma porcaria, tal locutor já caiu em descrédito.

Quantos dentistas, ou supostos dentistas, aparecem em propaganda na tevê tecendo altas loas aos produtos anunciados?

Se forem profissionais atuantes no seu ofício, como fica na hora do receituário?

Vão deixar de prescrever o produto que anunciam, para mostrar que sabem distinguir as coisas?

Ou, pelo contrário, vão prescrever o produto da propaganda? E a credibilidade?

Andar em todo e qualquer lugar com a coluna lombar ereta é tarefa que pouquíssimos conseguem cumprir. E, em geral, quando aparece um, sofre as consequências.

Os políticos saem do seio da sociedade!

Saúde e felicidade.

EM NOME DA TRANQUILIDADE

Para não nos incomodarmos,
para não nos machucarmos,
para não nos arriscarmos,
para não... muitas coisas...

Aceitamos que os outros decidam sobre a nossa vida,
que a violência nos acompanhe passo a passo, onde estivermos,
que a criminalidade seja "legalizada",
que nos digam que temos direitos, inclusive, ao voto e à liberdade de expressão,
que nos multem se não votarmos e que nos condenem se dissermos a verdade,
que nos matem,
que nos deixem morrer por nos negarem os nossos direitos,
que nos contem as maiores mentiras,
que nos façam acreditar que tudo é verdade,
que sejamos escravos dos outros,
e ainda agradecemos por nos permitirem sermos explorados e levarmos uma vida indigna.

Enquanto preferirmos a nossa tranquilidade, estaremos dizendo amém para uma vida justa e digna para a população em geral e para nós mesmos, e dando as boas-vindas a toda sorte de malevolências e usuras.

Enquanto nós, população sem influências, ficarmos tomando partido das coisas dos donos do Grande Poder Econômico (GPE), acreditando que o nosso voto irá melhor as nossas vidas, continuaremos adubando as ervas daninhas em meio às quais vivemos e produzimos para o luxo e a ostentação do GPE.

Saúde e felicidade.

terça-feira, 8 de junho de 2010

CORRUPTO! O outro. Eu? Imagina!

Estou cada vez mais impressionado com a Psicologia. Esta ciência, simplesmente, estraga as pessoas!
Vejam só: tenho lido e ouvido tantas coisas de eleitores adeptos de determinados políticos e partidos, ou facções... Para esses eleitores os "seus" candidatos, apenas e tão-somente, são perfeitos! Não estão sob o império do Poder Econômico, logo, são totalmente independentes, não erram, fazem tudo que prometem,... ou seja, agora, sim, vão fazer aquilo que nunca fizeram.
Os fanáticos, se é que tenho permissão para assim expressar-me, veem no outro, e apenas no outro, quem não cumpre as promessas feitas durante a campanha, quem não dá a devida atenção à população, quem é corrupto e antiético, quem tem dinheiro em paraísos fiscais,... tudo, tudinho é o outro!
Se ao menos olhassem para o próprio umbigo, acredito, dar-se-iam conta que o seu candidato não é Deus, sequer semi Deus, e que ocupa ou já ocupou cargos, e tanto quanto o oponente, passou bem longe do cumprimento das suas promessas, da devidamente legalizada atenção ao povo, da ética e da honestidade.
Senhora(e)s Psicóloga(o)s, perdoem-me pela brincadeira inicial mas, estou cada vez mais convencido que tendes total razão quando dizeis que a paixão e o fanatismo cegam as pessoas.
Nem de longe quero crer que tais cidadãos estejam sendo pagos para defenderem, tão fanática e cegamente, os seus candidatos.
Saúde e felicidade.
JPMetz

segunda-feira, 7 de junho de 2010

a HIERARQUIA DO PODER: econômico, judiciário, midiático, eclesiástico e político.

Posso estar sendo injusto na estratificação dos níveis de poder no Brasil e no mundo, porém, observando os fatos na prática há, pelo menos, 40 anos, a histórica repetição dos fatos na prática, cheguei a esta conclusão que, oportunamente exporei.

Neste momento, pediria a gentileza de todos quantos, de uma forma ou outra, puderem e/ou desejarem contribuir que o façam, livre e sinceramente.

Assim que o meu tempo permitir-me explanarei o meu pensamento sobre o tema.

Saúde e felicidade.
JPMetz

sábado, 5 de junho de 2010

ERA UMA VEZ . . .

Um país chamado Brasil, ele vinha jogando a sua população pobre nas cidades, porque à volta delas estavam se instalando grandes indústrias, a maioria vinda de além-mar.

Estas fábricas precisavam de mão de obra e até não pagavam tão mal, é verdade que diziam pagar melhor... mas, no começo e em algumas situações, davam até moradia, sem contar o treinamento. Sabe como é... colono mal sabia usar arado com tração animal...

Os colonos pobres foram atrás dos empregos urbanos... mal sabiam o que os esperava... as favelas.

Este país começou a crescer, crescer... melhor, o bolo foi crescendo... enquanto ele crescia e os paraísos fiscais sorriam... um ministro pediu paciência ao povo que já andava meio desconfiado da sua sorte, pois agora sentia que morar em favela era pior que viver no campo...

Na roça, ao menos, tinha um pedacinho de chão, mesmo que fosse em meação, para plantar um pé de mandioca, outros de milho e feijão, criar uma vaquinha magrela, um cavalo manco, um porco e uma galinha, pois na falta da carne os ovos tinha...

O bolo cresceu e foi dividido... entre quem?

Ah, não interessa ao povo. Por que o povo tem que saber destas coisas? Não vai entender mesmo, ainda bem que não entende. Ainda bem que a nossa doutrinação nas escolas, nas igrejas, no rádio e na incipiente televisão fez algum efeito. Está mostrando seus resultados!

Mas, e o bolo? A divisão dele?

Já que insistem... foi dividido entre quatro luxuosas paredes, paredes de mármore, coisa que em favela não há... afinal, esse povo miserável, nojento... um pano velho, um pedaço de papelão, resto de demolição,... o que mais ele quer?

Já sei... vamos ganhar mais un$... vamos fazer vista grossa para a maconha, cocaína,... afinal, a cachaça sozinha não vai conseguir controlar todos eles...

Antes de continuar... preciso dizer que lá traz quando as indústrias começaram a vir para cá... houve uma certa cisão, uma dissídia, ... aquelas coisas de filhos diletos, uns com ciúmes dos outros, o que às vezes os leva a brigarem feio... lembram Abel e Caim? Aqui, porém, os pais, digo, os donos do Poder Econômico, houveram por bem que os dois ficassem vivos e estabelecessem dois grupos... cada qual com uma função específica e ambos deveriam mostrar a seu público – os melhor aquinhoados e os mais explorados – que eles os defendiam até a morte. Literalmente! Contudo, com a vida dos vira-latas.

Soldados oficiais bem preparados e doutrinados alhures, do lado de quem ostentava o poder político e militar em nome e para o bem das fábricas que estavam vindo, cada vez em maior volume, e das que já estavam por aqui, além dos melhor aquinhoados, digladiavam com os soldados mal preparados mas, bem doutrinados por aqueles que, momentaneamente, não eram os filhos prediletos. Precisavam provar que mereceriam uma nova chance. Haviam ficado de castigo, fora, portanto, do banquete principal, longe da divisão do bolo e esforçavam-se em discursos, mesmo além-fronteiras, para dizerem-se defensores dos explorados, contudo, estavam de olhos bem vidrados no banquete principal.

É bom lembrar que existiam soldados idealistas dos dois lados, soldados que acreditavam na causa que um e outro diziam defender, como hoje temos pessoas que acreditam naquilo que o poder instituído diz, seja quem for o ocupante do cargo e aqueles que acreditam no que a chamada oposição apregoa, independente de quem é.

Lá, como hoje, também existiam aqueles que eram interesseiros, aqueles que são contra tudo e todos que não lhes representam possibilidade de ganho pessoal...

Voltando aos soldados idealistas dos dois lados... estes, ah, estes, ... sabe, em briga de cachorro grande, vira-lata, por fiel e correto que seja, sempre leva mordida, digo, bala dos dois lados.

Continuando com as fábricas à volta das cidades... luxo, miséria e poluição... mansões, favelas e fábricas que com o dinheiro público geram empregos... nos paraísos fiscais. A última crise financeira mostrou bem isto, apesar da drenagam de toda dinheirama dos cofres públicos para que não houvesse desemprego, demitiram em profusão. Sem dó, nem piedade!

Para o bem delas e para a manutenção dos sorrisos, conveniente era um parlamento onde um rezasse e o outro dissesse amém... situação e oposição permitida, consentida. Quem ousasse afrontar sofria as conseqüências!

Diziam as más línguas, sempre elas... que um dos baluartes da turma do amém, digo, da resistência democrática, na hora da filiação foi para a fila da reza... ficha nº 1... nesse momento um fardado cheio dos medalhões saiu detrás de um enorme portão de ferro grosso e chamou-o, alto e bom tom,... Fulano... e ele já levantou os braços pensando que seria preso... erraste a fila! ... meio gaguejando tentou dizer algo, quando dois soldados o puxaram pelos braços até a outra fila... o dos medalhões finaliza... permanece com a tua ficha nº 1! Daquele lado serás mais útil!

Voltando... um manda daqui outro berra dali... exílio, mortes – em geral de vira-latas – rebeliões, tiros, cheiro de pólvora,... por fim, abertura, armistício...

Os barrados do baile, digo, do banquete principal, melhor e para ser correto politicamente, a resistência democrática, elabora projeto de anistia... dele não constavam pessoas que, de fato, eram idealistas e lutavam contra a enganação e a exploração. Esses causavam calafrios na turma da reza e do amém. Mas, os da reza, expertos e com o papel e a caneta nas mãos, incluem-nos na lei de anistia.

Enquanto isso o arroz e o feijão – a carne é para exportação – vão escasseando no prato do povo e, é claro, os sorrisos se alargando... rezadores e a turma do amém fecham acordo... dos primeiros sai o Presidente, mas sem medalhões e posando como alguém da antiga turma do amém....

Confusões daqui, entraves de lá... finalmente, não sem antes haverem experimentado um profundo desgosto... não é que um dos filhos diletos, o primeiro ungido como Presidente “democraticamente” eleito pelo povo, virou-se contra a tradicional força do Poder Econômico... não é que ele quisesse beneficiar o povão, apenas quis favorecer mais a turma dele mas, finalmente, depois do susto, o verdadeiro armistício, a verdadeira paz e harmonia, para deleite do Poder Econômico, é claro...

Trato feito, paz selada!

E os dois grandes grupos, digo, partidos de ontem, já subdivididos, começam a se reencontrar em intere$$eira$ (e o que, nesta horda não é intere$$eiro?) alianças... mas, sob a batuta do mesmo chefe superior de sempre a quem devem explicações e mais obediência, é óbvio, o Poder Econômico.

Permitem até que um ex-sindicalista, outrora preso por afrontar – mais ou menos, menos que mais – o mesmo poder moderador, o Poder Econômico, seja Presidente da República, mas dentro de uma filosofia elementar, como já havia acontecido com um ex-sociólogo, que mandou que o povo esquecesse tudo que defendera no passado: o Vice-presidente é da turma da outrora Reza. Assim, se alguém se atrever a afrontar o Poder Econômico perde a regalia e assume o Vice, clara e inequivocamente, identificado com os ditames desta turma.

A partir daí as antigas turmas da reza e do amém revezam-se, ora na situação, ora na oposição, mas sempre com o mesmo discurso. Quando na oposição, ataques ao grupo palaciano e quando encastelados no poder, repetem aquilo que o parceiro anterior fizera.

Depois da dupla Colllor (representante do Poder Econômico) e Itamar (identificado como de centro-esquerda e populista), como o primeiro virou-se contra o criador, o Poder Econômico foi mais inteligente: na Presidência alguém tachado de defender os interesses do povão – primeiro um ex-sociólogo e depois um ex-operário – ambos, porém, tiveram como Vice alguém do agrado do Poder Econômico – o ex-sociólogo teve como Vice nos seus oito anos de reinado um dos baluartes da antiga ARENA e o ex-operário um MEGAEMPRESÁRIO. Nesta fórmula, caso a criatura se vire contra o criador, tiram-na do poder e lá colocam um dos deles... sem as preocupações que o Senhor Itamar Franco representava... deu muito trabalho esse topetudo para embretá-lo, para terem-no sob controle: fotos em jornais de circulação nacional ele tomando chope em barzinhos, fotos ao lado de moças flagradas sem calcinhas...tudo isto era desgastante para os Chefes Supremos. Para o Poder Econômico!

O operário quando dava ares de reeleição teve que enfrentar uma turbulência – CPI do Mensalão - para que o Poder Econômico pudesse se convencer que ele era confiável e mereceria uma nova chance... mostrou-se fiel! Teve todo apoio para um segundo mandato, depois que mandou retirar a propaganda que incitava a bons modos, respeito e boa educação entre as pessoas do povo. Onde já se viu povo sendo respeitoso uns com os outros? Retirada a peça publicitária, situação e oposição, estrelados e tucanos, saborearam a pizza.

Ah, eu ia esquecendo, como alguns andam falando em guerrilha... fiquem tranquilos, a televisão não deixa mais ninguém sair da sala e ir para o mato gastar chumbo. Ademais, as guerrilhas urbanas, do chamado crime organizado, dão conta de gastar a munição necessária para dar gordos lucros para essa facção do Poder Econômico.

E, assim, termina mais um capítulo da história de um país chamado Brasil, onde os políticos de todas as matizes fazem de conta que defendem o povo e, pior, lastimavelmente, sempre tem quem os defenda, apesar de todos os absurdos que praticam contra o povo explorado e a favor do Poder Econômico Explorador.

Saúde e felicidade.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

SANTO AGOSTINHO

Que me perdoe o blogueiro que colocou esta frase de Santo Agostinho no seu espaço. Copiei a frase, mas esqueci o nome de quem a postou.

Se me permitirem, gostaria de dizer a todas as brasileiras e a todos os brasileiros, sigam este sábio, sapientíssimo, pensamento:

O DOM DA FALA FOI CONCEDIDO AOS HOMENS NÃO PARA QUE ELES ENGANASSEM UNS AOS OUTROS, MAS, SIM, PARA QUE EXPRESSASSEM SEUS PENSAMENTOS UNS AOS OUTROS.

À luz do IMPOSTÔMETRO

Essa maquininha, programada pelos interesses de alguém, acaba de prestar um belo serviço às mentes brasileiras isentas de cor partidária.

REFLITAMOS:

O impostômetro acusou hoje que os brasileiros pagaram até aqui mais de 500 bilhões de reais em impostos. Média mensal de 100 bilhões de reais.

O IBGE divulgou recentemente que a população brasileira passou de 190 milhões de pessoas. Arredondamos para 200 milhões, apenas para facilitar o cálculo.

R$ 100 bilhões repartidos em 200 milhões de pessoas dará R$ 500,00 por cabeça.

Uma família média brasileira tem algo ao redor de três pessoas, ou um pouco mais. Ficaremos com três.

Então, uma família brasileira pagou neste ano, por mês, R$ 1.500,00 de impostos.

Estes impostos representam 38% de tudo quanto foi produzido, de acordo com os donos da maquininha, arredondamos para 40%.

Se R$ 1.500,00 são 40%, 100% são R$ 3.750,00, que é a renda média de uma família brasileira, conforme acaba de nos revelar o impostômetro.

190 milhões divididos por três, resulta em pouco mais de 63 milhões, que deve ser mais ou menos o número de brasileiros empregados.

Cerca de 2/3 das famílias brasileiras vivem com até dois salários mínimos, pouco mais de mil reais... atentem, até 2 salários mínimos! Muitas ganham menos de um salário mínimo.

Mas, de acordo com o impostômetro, a renda média da família brasileira é de R$ 3.750,00.

ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA NISTO!

Ou, então, o impostômetro não me deixa falando sozinho...

Pouquíssimos ganham muito; muitos, muito,... e isto acaba puxando a média para quase quatro mil reais.

Bendito impostômetro, proporcionaste-me estes cálculos e a conclusão que, de fato, o Poder Econômico ganha muito dinheiro às custas dos trabalhadores, ou, então, prezada maquininha, os teus programadores têm outras intenções, que não mostrar a verdade!

GENÉRICOS ou mais uma ilusão?

De reportagem veiculada em 2002 pelo jornal Zero Hora, com o então candidato à Presidência, Senhor Ciro Gomes, entre as muitas coisas que ele disse, eu guardei esta:

- Em princípio, até achei a ideia dos genéricos boa, mas quando descobri que o Governo pagava um nono - 11,111...% - do preço das farmácias, comecei a repensar a questão.

Em sendo verídica esta informação, e eu não tenho argumentos para duvidar, pelo contrário, é apenas mais um dado que corrobora aquilo que eu tenho afirmado ao longo dos anos e, especialmente, aqui neste espaço: a questão não é a elevada tributação, mas, sim, O ELEVADO LUCRO!

O Governo compra em grandes quantidades e nem sempre distribui - quantas notícias de desvios e remédios achados em lixões?

A compra dá lucro às indústrias, e a não distribuição aos necessitados faz com que eles tenham que comprá-los nas farmácias, assim, o laboratório ganha duas vezes. É simples, basta refletir...

terça-feira, 1 de junho de 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO ou DIVIDIR PARA IMPERAR ? ? ?

Quando as pessoas se derem conta que os responsáveis pela miséria, violência, criminalidade, desemprego, baixos salários e aposentadorias, falta de moradia e de saneamento, ... são os donos do Poder Econômico e não os políticos, aí estaremos no rumo que poderá levar a humanidade a uma convivência humana.
Os políticos e as igrejas funcionam como uma espécie de para-choque entre o povo explorado e o poder econômico explorador.
Enganam-se todos quantos pensam que votar neste ou naquele político ou partido fará diferença para a população explorada.
É verdade que boa parte dos explorados, por ter um bom nível de vida, não se considera explorada, pelo contrário, pensa que tem capacidade superior para enfrentar o mundo por si só. Ledo engano!
O sistema espoliativo universal pratica a exploração de maneira hierarquizada e conta com os políticos e os religiosos de todos os partidos e credos.
A exploração não pode se dar de modo linear, todos explorados igualmente e em condições de vida iguais. Quando menos não seja porque os magnatas e os ricos precisam de diferentes tipos de serviçais. Do executivo bem remunerado até o faxineiro bem explorado.
Se olharmos a nossa volta e enxergarmos apenas miséria, que estímulo teremos para nos empenharmos e aumentarmos a produtividade? Que estímulo teremos para sonharmos e mantermos a esperança de futuro melhor?
Sem estímulos, a nossa produtividade será pequena e a lucratividade do poder econômico também.
Alguns precisam ser bem excluídos para que, pelo desemprego e consequente exclusão do consumo, os salários sejam irrisórios e os preços possam ter uma maior margem de manipulação, ou seja, possam trazer consigo um lucro substancialmente mais elevado, para engordarem, cada vez mais, as megafortunas.
Ademais, esta parcela da população, os totalmente excluídos, funcionam como fiel da balança. Tanto quando há interesse dos magnatas e ricos em aumentar seus ganhos com novos empreendimentos, pois encontrarão mão de obra disponível com fartura, o que permitirá pagar bagatelas de salários, como para votarem e, assim, com seu voto, corroborarem a pseudo democracia, que, de fato, não passa de pura plutocracia. Porém, como uma mentira de tanto repetida se torna uma verdade...
Uma outra parcela da população tem que ter acesso ao estritamente básico – cesta básica – para que tenha condições físicas mínimas para o trabalho mais duro, mais exigente e mais inóspito. Esta, em relação à primeira, vai se achar agraciada pelos deuses... e também fará o jogo do sistema.
Uma terceira parcela da população terá direito a ter um pouco mais, o que lhe permitirá algumas coisas supérfluas – como um carrinho popular, por sinal, proporcionalmente mais caro que um de segunda linha. Estes são os chefes de menor hierarquia. Aqueles diretamente em contato com os que realmente “ralam”, mas para “ralarem” mais precisam ser conduzidos com rigor, tipo capitães do mato na caça aos rebeldes e fugitivos escravos.
Por fim, uma insignificante porcentagem da população terá a permissão do sistema espoliativo universal para ter significativo conforto. É a classe média e média alta.
Daí saem, principalmente, os diferentes tipos de difusores dos ideais dominadores: autônomos e profissionais liberais de alto gabarito, médios empreendedores, altos funcionários públicos e executivos privados, comunicadores de ponta, além, é claro, dos políticos de ponta. Todos grandes formadores de opinião.
Estes fazendo tudo dentro do “script” para agradarem aos espoliadores e sonhando em chegarem a fazer parte do círculo máximo do sistema espoliativo.
Isto ocorre em todos os níveis hierárquicos do sistema, onde os de cima servem de modelo para tirar o máximo dos imediatamente abaixo.
Aos imediatamente abaixo, os logo acima, funcionam como exemplo a ser seguido, na vã expectativa para a grande maioria, de chegarem àquele nível de vida.
Aos excluídos e aos do primeiro nível de acesso oferecem-se fartura de seitas e religiões para manterem viva a esperança de dias melhores, além, claro, das promessas nunca cumpridas dos políticos de todas as matizes partidárias e ideológicas.
Ou seja, a hierarquização, ou estratificação, da população em níveis sócio-econômicos existe para, sem o chicote da escravatura, fazer cada um, sem perceber, dar o máximo de rendimento – lucro – para deleite e usufruto perdulário do magnata e do rico que são os donos do sistema espoliativo universal, isto é, do Poder Econômico e, por conseguinte, do Poder Político.
Cada um, no seu nível, tem que ter a consciência que não está no patamar acima porque não estudou o necessário ou porque é incompetente para lá estar. No topo desta pirâmide estão os mais competentes, os mais capazes, aqueles que mais se sacrificaram e mais estudaram, logo, têm todos os méritos.
Não é isto que a liberdade de expressão nos diz diuturnamente?
Por óbvio, não dizem que eles têm todos os méritos na arte de explorar e ludibriar, através de farta propaganda enganosa!
Logo, esta liberdade de expressão nos leva, inconscientemente e pelas vaidades pessoais que, ao natural, cada um de nós possui, em maior ou menor grau, a fazermos tudo que de mais precioso existe para a manutenção do moderno e globalizado sistema de escravidão: o sistema espoliativo universal.
Aqueles, desprovidos de mero egoísmo, que têm consciência que a humanidade está num caminho muito perverso e injusto com a maioria dos seres humanos e que, sinceramente, almejam um destino melhor para seus iguais, na nossa opinião, deveriam assumir para consigo e a sua espécie o sagrado compromisso de não se empenharem em prol desta ou daquela grei partidário-política, já que todas estão a serviço do mesmo senhor, o senhor Poder Econômico. Talvez, desta forma, encurtar-se-ia o caminho para chegarmos a uma sociedade humana que viva verdadeiramente em condições humanas, onde todos os seres humanos vivam em condições humanas. Tal procedimento certamente daria a necessária autoridade para alguém se jactar de cristão!
Dar conhecimento da verdade a todos e difundir as verdadeiras causas da falta de oportunidades, do desemprego, das dependências químicas – álcool em primeiríssimo lugar, da violência e da criminalidade é o primeiro passo para um mundo de paz para todos e entre todos.