Dia desses, em uma palestra, um cidadão fez a seguinte intervenção:
- Concordo que os políticos depois de eleitos têm como compromisso maior pagar àqueles que financiaram as suas campanhas eleitorais mas, eu lhe pergunto, qual o papel do eleitor na sociedade?
E passou a relatar um fato ocorrido na localidade onde tem um sítio e cujas estradas são de chão batido:
- A prefeitura passou a patrola, abriu as valetas, tudo direitinho como manda o figurino. Aí um vizinho mandou cortar os eucaliptos do seu terreno. O pessoal que fez o serviço colocou várias toras de mato na valeta para poderem passar com o trator. Na primeira chuva a água, como não podia correr livre dentro da valeta, foi para o meio da rua e esburacou toda rua. Aí eu lhe pergunto: que culpa tem o prefeito, os secretários e os vereadores?
Eu tentei argumentar que caso a prefeitura tivesse legislação e fiscalização adequadas tal, certamente, não aconteceria porém, o cidadão finalizou dizendo o seguinte:
- Quantos fiscais são honestos? Quantos fiscais cuidam de negócios particulares seus ou vão se divertir no horário de trabalho?
Cheguei à conclusão que, realmente, sem uma consciência individual de todos os cidadãos que cada ato errado de uma pessoa acaba prejudicando o todo, esta pessoa incluída, não adiantará termos governantes ilibados e competentes. Por mais que se faça e puna, sempre haverá o ato egoísta prejudicial ao todo.
É mais ou menos como a mídia que, rotineiramente, falando das tragédias no trânsito proclama: bebida e direção não combinam e, também, rotineiramente faz propaganda de bebida alcoólica.
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