Vejamos o que diz Alexander Lowen, psicanalista norte-americano, a respeito da televisão na obra Narcisismo:
...a ligação entre perda de vivacidade e fascínio com as imagens é bastante evidente em nosso envolvimento com a televisão e o vídeo. Todos sabemos que a superexposição à televisão tem um efeito depressivo sobre a vivacidade do corpo. Embora sejamos constantemente estimulados por imagens, não temos um modo de descarregar a excitação. Tenho ouvido numerosas pessoas queixarem-se de que, quando viam televisão várias horas seguidas, sentiam-se mais cansadas do que antes. Isso explica o efeito hipnótico que a pequena tela possui. Quando começamos a ver um programa, continuamos vendo-o quase contra a nossa vontade, e poderemos ver um programa após outro. Tendo-nos rendido à passividade de espectadores, não tardamos em perder a energia para reatar a nossa vida ativa. Esse processo de amortecimento faz com que nos voltemos para a tevê por causa de sua estimulação, o que, evidentemente, cria um círculo vicioso: a perda de vivacidade leva a uma necessidade de estimulação que, por sua vez, produz mais amortecimento.
O doutor Lowen continua:
...existem alguns aspectos positivos na televisão. Todos temos desfrutado de alguns excelentes programas, fato que aumenta a nossa esperança de que toda vez que ligarmos o aparelho algo excitante será apresentado. Embora uma programação boa seja rara, a sedução do espectador é permanente. Independentemente da qualidade do programa, as pessoas estão presas à televisão.
Saúde e felicidade.
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