Após a trágica morte de
Eduardo Campos e mais 6 (seis) subalternos seus, além de inúmeros imóveis
destruídos, pipocaram, principalmente na internet, suspeitas sobre o acidente
lançadas sobre o PT.
O que só hoje, 18/08/14,
veio a público é que nos dias imediatamente seguintes, 14 e 15/08, já estava
sendo feita pesquisa eleitoral em que Marina Silva substituía Eduardo Campos.
Quanto respeito pelos
mortos! Quanto respeito pelos familiares dos mortos! Ou quanto desejo de influenciar
as eleições? Tudo em sentido contrário do que se apregoava em relação ao
político Eduardo Campos, que era o novo. Mas, esta prática – a falta de
respeito e faturar de qualquer modo - é bem antiga.
Na pesquisa, com claro foco
eleitoreiro, visando influenciar o resultado das eleições,
Maria Silva que hoje ainda não é candidata é tratada como substituta de Eduardo
Campos e aparece como vencedora em eventual 2º turno.
O mais engraçado, se antes
não fosse lamentável, é que a simulação de 2º turno não foi feita entre Marina
Silva e Aécio Neves, que na pesquisa de 1º turno estão empatados.
Esta pequena falha técnica, parece-me,
mostra os verdadeiros interesses que estão por trás desta pesquisa.
Embora sem tragédia, menos
ainda deste quilate, assim foi feito em 1989, após editorial do jornal o Globo
que incitava a direita a apoiar um candidato e que foi lido dias seguidos em
diversas redes nacionais de tevê, as pesquisas alavancaram Collor de Mello, até
então com inexpressiva posição nas pesquisas, como candidato vitorioso daquela
eleição.
Seria apenas de lamentar tamanho
erro, tamanha prática antiga e sempre condenada –– se tudo isto não
tivesse como único objetivo a retomada do Governo Federal e o fim
das políticas contrárias aos interesses do grande poder econômico,
e, por conseguinte, a volta daquelas que lhe beneficiam, quais sejam:
- a volta do desemprego aos
patamares aceitos como ideais – 10 a 15%. Desde
2003 tem estado abaixo disto – 5 a 7%;
- a quebradeira de mais de
90% dos micro e pequenos empreendimentos antes de fechar o 1º ano. Atualmente mais de 70% chega pelo menos ao
2º ano;
- salário mínimo abaixo de
100 dólares – em 2002 era de US$ 80. Atualmente
ao redor de US$ 300;
- a volta do arrocho
salarial;
- a volta das barreiras aos micro
e pequenos empreendedores para tomada de dinheiro em bancos públicos;
- a volta da total submissão aos interesses do
grande capital internacional que, segundo o Professor Celso Brandt em artigo
intitulado “A ALCA” diz, “Estima-se que Fernando Henrique Cardoso, por
meio de juros superfaturados e da alienação de bens subfaturados, deu ao Brasil
um prejuízo de mais de um trilhão de dólares.”
Estou aqui terminando este texto e pensando, até que ponto as insinuações da internet sobre a tragédia que vitimou Eduardo
Campos não foram plantadas visando, exatamente, que os resultados da pesquisa que estava sendo elaborada fossem favoráveis aos interesses da
retrógrada elitocracia - os donos do grande poder econômico?
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