Certos temas ao nos aproximarmos de campanhas eleitorais sempre somem, por quê?
A pena de morte é um deles. Ao longo do tempo sempre se fala na pena capital...
Pessoalmente, sou a favor, contudo, sou contra.
Dá para ser a favor nesta sociedade que produz oportunidades de acordo com o ponto de equilíbrio do lucro máximo a qualquer custo e excluídos conforme o ponto de equilíbrio dos salários mínimos?
Não, eu não posso ser a favor da pena capital num sistema econômico e político que produz e reproduz a insanidade mental e depois quer – e apenas quer – eliminar os incorrigíveis sem influências.
Não, definitivamente, eu não posso ser a favor da pena de morte num sistema econômico e político que não permite que seja dada a todos a oportunidade ao sagrado direito de trabalhar.
Além do mais, é quimera, é sonho, pensar que a pena capital seria aplicada, independentemente, da condição econômica e de influências. É bom lembrar que vivemos, de fato, numa plutocracia, sistema onde vale a influência dos homens que detêm (porque se apropriaram/apropriam) a riqueza.
Nestas circunstâncias, como desejar a existência da pena de morte?
Contudo, como defesa de uma sociedade mais ajuizada, visto que há pessoas, sob o aspecto comportamental, irrecuperáveis, eu sou a favor. Peguemos como exemplo o rapazinho que matou um casal de namorados em SP há não muitos anos... Todavia, antes de pensarmos na pena de morte para tais pessoas, necessário seria que construíssemos uma sociedade que desse a todos, pelo menos, a oportunidade ao sagrado direito de trabalhar. Uma sociedade em que não houvesse ninguém mais igual! Preciso também seria que fosse descontinuado o crescimento das cidades, especialmente, das médias, das grandes e das metrópoles. Pois estas são fábricas de depressivos, de maníacos, de loucos...e de acumulação do suor destes por meia dúzia daqueles. Do contrário, permanecendo o regime da democrática exclusão, não existe argumento que possa convencer-me da validade da pena capital, nem mesmo para os irrecuperáveis, porque estes são, em grande parte, se não no todo, fruto desta sociedade exclusivista, que exclui parcela significativa do mercado de trabalho, para que aqueles pouquíssimos possam ter fortunas...
Saúde e felicidade
Tem um carinho pra você lá no blog. Beijos.
ResponderExcluir"Pessoalmente, sou a favor, contudo, sou contra."
ResponderExcluirPerfeito.
Também sou favorável mas impossível o sistema dar certo aqui. Só ia morrer preto, pobre, favelado e ignorante.
Sou a favor das bicicletinhas. Os presidiários deveriam ficar pedalando incessantemente para gerarem energia limpa para o país. Sério.. Bicicletinha neles!
Nunca pensei e nunca ouvi de alguém que tenha pensado nisto, mas é uma idéia maravilhosa... embora penso que só funcionaria com alguns cães de guarda controlando.
ResponderExcluirSaúde e felicidade.
João Pedro
Seu espaço e consequentemente escritos sempre nos surpreende meu caro...
ResponderExcluirAgradecido pelas visitas ao Rembrandt...
Confesso que estou lhe devendo um olhar mais atento para com seus textos!
abraço
Sobre pena de morte... sou contra, mas tem hora que dá vontade de ser a favor...rs...rs
ResponderExcluirEu acredito que neste país vc é capaz de ser condenado a pena de morte por furtar comida por estar com fome, e deixar vivo políticos que matam de fome e falta de atendimento médico por desviarem verbas da saude e de pontos geradores de empregos.
Abçs
Obrigado pela visita...
Obrigado, Marcos,
ResponderExcluirÉ por isso que eu acabo sendo contra.
Lembras do plano Collor?
Quanta gente se suicidou por ter ficado sem dinheiro?
Aquilo para mim seria um caso de aplicar a pena capital nos mentores do confisco da poupança, como aquele golpe ficou conhecido.
Saúde e felicidade.
João P Metz