Acreditar ou não em algo depende daquilo que, ao longo de nossa vida, ouvimos, assistimos e acreditamos.
Algo ser ou não ser deste ou daquele jeito é bem diferente.
No contexto social em que a classe dominante sempre utilizou e utiliza todos os meios imagináveis para impor aquilo que convém aos seus interesses, é pouco provável alguém renomado obter êxito, a curto prazo, ao apresentar uma visão diferente sobre velhas teorias, por verdadeira que seja sua tese.
Em relação a alguém desconhecido, como é o meu caso, é praticamente impossível, no médio prazo, haver a aceitação de uma tese (o pleno emprego é possível) que contrarie outra existente (o pleno emprego é utópico), mesmo que sua fundamentação não permita destituí-la.
Sempre nos disseram que a falta de qualificação era a maior responsável pelo desemprego e pelos baixos salários. Nos passaram a ideia que o Brasil precisaria investir mais na educação e na qualificação da população para que a miséria acabasse...
Há 7 anos utilizaram o mesmo método para dizer que os produtos transgênicos acabariam com a fome. Depois que foram legalizados, e não mais era necessária a sua clandestinidade, a fome continua igual ou maior mas, ninguém se apresenta para dizer “enganei-me sobre os transgênicos”.
O mesmo aconteceria se, num passe de mágica, todos os brasileiros amanhecessem hiperqualificados.
Os baixos salários continuariam sendo pagos, só que agora a trabalhadores hiperqualificados.
O desemprego igualmente permaneceria, pois é ele quem determina os baixos salários e fomenta o montante das fortunas acumuladas.
O discurso, ah, o discurso, este teria que ser adaptado!
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