segunda-feira, 21 de abril de 2014

INFLAÇÃO: o mote eleitoreiro da vez

          É engraçado como a elitocracia e seus políticos tem dificuldade em apresentar novos argumentos. O papo, quando há um governo, seja municipal, estadual ou federal, que faz um pouco mais pelos eternos excluídos, gira sempre em torno dos mesmos assuntos:
- comunismo;
- censura à liberdade de expressão;
- incompetência;
- corrupção;
- inflação.

          Tirando o comunismo o restante são exatamente temas em que a elitocracia é perita. Práticas em que ela e os seus políticos são useiros e vezeiros.

          Olhando, desapaixonadamente, os 12 anos que antecederam ao primeiro mandato petista no governo federal, não é difícil encontrarmos atitudes, exatamente, iguais àquelas que são criticadas no governo federal desde 2003.

          No que diz respeito à incompetência atribuída ao governo federal atual eu fico a perguntar, referindo-me ao governo FHC: um desemprego na casa de 15% e mais de 90% das micro e pequenas empresas quebrando antes do 1º aniversário, se não é incompetência é o quê?

          No que se refere ao final do governo FHC pergunto: fazer aprovar uma lei que dê imunidade pós mandato, se não tem a ver com atos ilegais, significa, exatamente, o quê?

          Agora que a economia nacional está passando por uma elevação continuada no custo de vida - equivocadamente chamada de inflação - isto virou motivo para politicagem.

          Temos uma economia em que parcela considerável da população tem algum dinheiro para gastar, convivemos com quedas na produção agrícola e, como sempre, convivemos com um empresariado inescrupuloso, particularmente, o grande, aquele que tem condições de fazer preços, ditar comportamentos, eleger e derrubar governantes. E, a exemplo do que ocorreu durante o plano cruzado em 1986, há intencional redução na produção e estocagem especulativa de produção. Como os governantes, uns mais e outros menos, estão à mercê deles, não podem intervir como seria necessário para o bem da população em geral.

          Enquanto o nível de desemprego não crescer de modo continuado, não há por que imaginar que estamos a um passo da volta da alta inflação, como alguns políticos, por demais identificados com a elitocracia, estão alardeando.

    

          


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