terça-feira, 1 de junho de 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO ou DIVIDIR PARA IMPERAR ? ? ?

Quando as pessoas se derem conta que os responsáveis pela miséria, violência, criminalidade, desemprego, baixos salários e aposentadorias, falta de moradia e de saneamento, ... são os donos do Poder Econômico e não os políticos, aí estaremos no rumo que poderá levar a humanidade a uma convivência humana.
Os políticos e as igrejas funcionam como uma espécie de para-choque entre o povo explorado e o poder econômico explorador.
Enganam-se todos quantos pensam que votar neste ou naquele político ou partido fará diferença para a população explorada.
É verdade que boa parte dos explorados, por ter um bom nível de vida, não se considera explorada, pelo contrário, pensa que tem capacidade superior para enfrentar o mundo por si só. Ledo engano!
O sistema espoliativo universal pratica a exploração de maneira hierarquizada e conta com os políticos e os religiosos de todos os partidos e credos.
A exploração não pode se dar de modo linear, todos explorados igualmente e em condições de vida iguais. Quando menos não seja porque os magnatas e os ricos precisam de diferentes tipos de serviçais. Do executivo bem remunerado até o faxineiro bem explorado.
Se olharmos a nossa volta e enxergarmos apenas miséria, que estímulo teremos para nos empenharmos e aumentarmos a produtividade? Que estímulo teremos para sonharmos e mantermos a esperança de futuro melhor?
Sem estímulos, a nossa produtividade será pequena e a lucratividade do poder econômico também.
Alguns precisam ser bem excluídos para que, pelo desemprego e consequente exclusão do consumo, os salários sejam irrisórios e os preços possam ter uma maior margem de manipulação, ou seja, possam trazer consigo um lucro substancialmente mais elevado, para engordarem, cada vez mais, as megafortunas.
Ademais, esta parcela da população, os totalmente excluídos, funcionam como fiel da balança. Tanto quando há interesse dos magnatas e ricos em aumentar seus ganhos com novos empreendimentos, pois encontrarão mão de obra disponível com fartura, o que permitirá pagar bagatelas de salários, como para votarem e, assim, com seu voto, corroborarem a pseudo democracia, que, de fato, não passa de pura plutocracia. Porém, como uma mentira de tanto repetida se torna uma verdade...
Uma outra parcela da população tem que ter acesso ao estritamente básico – cesta básica – para que tenha condições físicas mínimas para o trabalho mais duro, mais exigente e mais inóspito. Esta, em relação à primeira, vai se achar agraciada pelos deuses... e também fará o jogo do sistema.
Uma terceira parcela da população terá direito a ter um pouco mais, o que lhe permitirá algumas coisas supérfluas – como um carrinho popular, por sinal, proporcionalmente mais caro que um de segunda linha. Estes são os chefes de menor hierarquia. Aqueles diretamente em contato com os que realmente “ralam”, mas para “ralarem” mais precisam ser conduzidos com rigor, tipo capitães do mato na caça aos rebeldes e fugitivos escravos.
Por fim, uma insignificante porcentagem da população terá a permissão do sistema espoliativo universal para ter significativo conforto. É a classe média e média alta.
Daí saem, principalmente, os diferentes tipos de difusores dos ideais dominadores: autônomos e profissionais liberais de alto gabarito, médios empreendedores, altos funcionários públicos e executivos privados, comunicadores de ponta, além, é claro, dos políticos de ponta. Todos grandes formadores de opinião.
Estes fazendo tudo dentro do “script” para agradarem aos espoliadores e sonhando em chegarem a fazer parte do círculo máximo do sistema espoliativo.
Isto ocorre em todos os níveis hierárquicos do sistema, onde os de cima servem de modelo para tirar o máximo dos imediatamente abaixo.
Aos imediatamente abaixo, os logo acima, funcionam como exemplo a ser seguido, na vã expectativa para a grande maioria, de chegarem àquele nível de vida.
Aos excluídos e aos do primeiro nível de acesso oferecem-se fartura de seitas e religiões para manterem viva a esperança de dias melhores, além, claro, das promessas nunca cumpridas dos políticos de todas as matizes partidárias e ideológicas.
Ou seja, a hierarquização, ou estratificação, da população em níveis sócio-econômicos existe para, sem o chicote da escravatura, fazer cada um, sem perceber, dar o máximo de rendimento – lucro – para deleite e usufruto perdulário do magnata e do rico que são os donos do sistema espoliativo universal, isto é, do Poder Econômico e, por conseguinte, do Poder Político.
Cada um, no seu nível, tem que ter a consciência que não está no patamar acima porque não estudou o necessário ou porque é incompetente para lá estar. No topo desta pirâmide estão os mais competentes, os mais capazes, aqueles que mais se sacrificaram e mais estudaram, logo, têm todos os méritos.
Não é isto que a liberdade de expressão nos diz diuturnamente?
Por óbvio, não dizem que eles têm todos os méritos na arte de explorar e ludibriar, através de farta propaganda enganosa!
Logo, esta liberdade de expressão nos leva, inconscientemente e pelas vaidades pessoais que, ao natural, cada um de nós possui, em maior ou menor grau, a fazermos tudo que de mais precioso existe para a manutenção do moderno e globalizado sistema de escravidão: o sistema espoliativo universal.
Aqueles, desprovidos de mero egoísmo, que têm consciência que a humanidade está num caminho muito perverso e injusto com a maioria dos seres humanos e que, sinceramente, almejam um destino melhor para seus iguais, na nossa opinião, deveriam assumir para consigo e a sua espécie o sagrado compromisso de não se empenharem em prol desta ou daquela grei partidário-política, já que todas estão a serviço do mesmo senhor, o senhor Poder Econômico. Talvez, desta forma, encurtar-se-ia o caminho para chegarmos a uma sociedade humana que viva verdadeiramente em condições humanas, onde todos os seres humanos vivam em condições humanas. Tal procedimento certamente daria a necessária autoridade para alguém se jactar de cristão!
Dar conhecimento da verdade a todos e difundir as verdadeiras causas da falta de oportunidades, do desemprego, das dependências químicas – álcool em primeiríssimo lugar, da violência e da criminalidade é o primeiro passo para um mundo de paz para todos e entre todos.

7 comentários:

  1. Olá amigo
    Obrigado pela visita ao meu blog, pelo comentário e por estar me seguindo. Quando puder volte, vou gostar muito.
    Te sigo
    Grande abraço

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  2. Teu artigo traz muitas verdades.Chegar numa sociedade justa é o que precisamos.Obrigado pela visita!abraço,chica

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  3. Com sabedoria chegaremos a um lugar melhor...paz.
    Um abraço Lisette.

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  4. Parabéns pelo BLOG e estarei sempre por aqui.
    abraços

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  5. Interessantissimo seu blog, rico de idéias, verdades e algumas opiniões semelhantes as minhas. Divergimos apenas em alguns pontos, mas estes estão descritos no seu perfil.
    Seu blog foi um belo achado pra mim...

    Bj
    Aryane Pinheiro.:
    (Brilho da Lua)

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  6. Boas,

    Muito obrigado pelas palavras e atenção dedicadas ao meu blog. Estou convicto que aprofundarei o meu conhecimento tendo como fonte, autores como o João Pedro Metz.

    Eu interesso-me bastante pelos efeitos do Consenso de Washington no Mundo e acabei de descobrir um óptimo blog para me deliciar, começando por este texto. No entanto tenho algumas questões a colocar sob uma perpspectiva da Teoria das Elites:

    - Com este texto, procura dar razão a Marx em relação a uma classe dominante que controla a infra-estrutura económica?

    - A elite militar também não possui força suficiente para manipular interesses estaduais?

    Um muito obrigado e parabéns pelo livro. Sou português mas gostaria de ter acesso a ele, como posso fazê-lo?

    Cumprimentos

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  7. Obrigado, João, pela visita lá no blog. Aparecerei mais vezes.

    Abraço.

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