quarta-feira, 23 de junho de 2010

DEPRESSIVO PERFEITO: a cidade grande

Quantas pessoas estão à volta com quadros depressivos?
Quantas pessoas buscam nas drogas um refúgio, um amuleto?
Quantas pessoas estão nos consultórios e nas clínicas psiquiátricas e psicológicas? Sem contar que é muito maior o número delas que precisaria de tratamento mas, por razões variadas, não o faz.
Quantas pessoas são vítimas dos enredos das cidades grandes?
Quem depende de deslocamento para exercer a sua atividade remuneratória e de sustento, seja com condução própria ou transporte coletivo, já vai dormir preocupado, pois terá que acordar cedo e sair de casa duas, três, ou mais horas antes do início da sua jornada laboral, onde, por si só, terá algumas atividades que ao natural são estressantes. E para retornar ao aconchego do lar, novamente, perderá duas, três ou mais horas.
Uma jornada de trabalho de 8 horas com, pelo menos, 1 hora de intervalo para almoçar, mais, no mínimo umas quatro horas perdidas em deslocamentos e lá se foi mais da metade do dia. O que pode chegar a quinze, dezesseis horas por dia.
Dizem que em média o ser humano precisa dormir ao redor de oito horas diariamente.
Como, se o camarada perde, do momento que sai da sua casa até o retorno a ela, 16 horas?
Afinal, ele precisa tomar banho, tomar café e, à noite, jantar.
Imagine todas as situações da rotina de um ser humano, do mais pobre ao mais bem aquinhoado, que não tem outras pessoas para fazerem as suas atividades, como ir ao banco, à repartição pública, ao supermercado, levar os filhos à escola, ... Quantas filas enfrentadas ao longo de um mês! Quanta angústia e quanto estresse!
Quantas desavenças, fruto disto, nos meios profissional, social e familiar a, continuamente, alimentarem, mais e mais, a angústia e o estresse?
Tudo isto, simplesmente, não precisaria existir. Bastaria que as pessoas trabalhassem próximo de onde moram.
Que houvesse pequenos colégios, pequenos estabelecimentos comerciais e fabris, pequenas agências bancárias, etc., tudo espalhado pela geografia das cidades.
O ideal seria que as cidades não ultrapassassem 100 mil habitantes.
Isto traria benefícios para quase todos.
Sim, para quase todos, pois os donos do Grande Poder Econômico – os únicos - perderiam dinheiro, prestígio e poder, embora, seguramente, também ganhariam em qualidade de vida.
Ah, haveria um grande ganho adicional. Digamos que a poluição total não seria reduzida mas, ela estaria espalhada num espaço muito maior, o que daria melhores possibilidades da natureza absorvê-la. Isto também melhoraria a qualidade de vida de toda a população.
As vantagens de menores concentrações populacionais são enormes, contra apenas uma desvantagem que recairia sobre os donos do Grande Poder Econômico: com as atividades econômicas e a população espalhadas seria bem complicado dispor dos atuais e enormes contingentes de pessoas desocupadas, o que, fatalmente, elevaria os salários a valores que tornaria as megacorporações inviáveis.
Certamente, dentre todos os males que afetam a saúde física e mental das pessoas, as cidades grandes sejam a principal culpada, a causa número um.
Pense nisto e se puder, experimente ir morar em uma cidade de porte pequeno, preferentemente, com menos de 100 mil moradores. Eu diria, experimente morar numa cidade que não tenha “shopping center” e nem num raio igual à distância que você se desloca diariamente da sua casa ao seu trabalho, exista um.
Saúde e felicidade.
JPMetz

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