terça-feira, 25 de maio de 2010

E OS IMPOSTOS ? ? ?

Existem coisas com as quais é difícil discordar.

A gritaria midiática contra os elevados impostos é uma delas... “a priori”! Apenas “a priori”. Sem uma análise melhor.

Eu não tenho absolutamente nada a favor das taxas de tributação a que qualquer um que não tem a quem repassar os impostos está sujeito. Que não é o caso desses que estão a reclamar. Todavia, não sou artista, não represento. Tenho compromisso, primeiro com a minha consciência e segundo com a verdade. E as duas andam juntas!

A atual legislação tributária é exatamente aquilo que convém aos interesses do Poder Econômico, aquele que dá as cartas na Alta Esfera de Decisão. O que exclui todo e qualquer empreendimento que não tenha tais influências, logo, a crítica que faço não é dirigida aos médios e pequenos empreendedores, via de regra sem influências.

Vou apresentar um cálculo bem simples para mostrar o que, de fato, está por trás deste chororô:

Situação A:
. Custo do Produto:R$ 50,00
. Preço de Venda do Produto:R$ 100,00
(lucro bruto de 100%)
. Menos Impostos totais 40%:R$ 40,00
. Saldo após impostos:R$ 60,00
. Menos Custo do Produto:R$ 50,00
. Lucro Líquido:R$ 10,00

Situação B:
. Custo do Produto:R$ 50,00
. Preço de Venda do Produto:R$ 87,50
(lucro bruto de 75%)
. Menos Impostos totais de 40%:R$ 35,00
. Saldo após impostos:R$ 52,50
. Menos Custo do Produto:R$ 50,00
. Lucro Líquido:R$ 2,50.

Respondam, o que é melhor, lucrar R$ 10,00 ou lucrar R$ 2,50?

Dentro dos princípios da oferta e da procura, duvido muito, caso os impostos fossem reduzidos, realmente, o preço final ao consumidor também fosse reduzido.

O impostômetro que fica, smj, junto à poderosa Federação das Indústrias de São Paulo – Fiesp – que congrega grande parcela do Poder Econômico deste país, apenas poderia ter confiabilidade se a seu lado estivessem, pelo menos, mais dois reloginhos com programação idêntica: um LUCRÔMETRO e um APROPRIÔMETRO, este mostrando o quanto o poder econômico explora a mão de obra assalariada e os pequenos e médios empreendedores, ou seja, o quanto explora os sem influências.

Pagamos muitos impostos? Pagamos, principalmente, se considerarmos quem não tem a quem repassar estes valores, como o consumidor final que vive de salários ou pequenos ganhos. Repito, aqueles sem influências.

Jamais podemos esquecer, quando se trata de impostos, da sonegação que é grande. Como o poder público não cobra dos grandes, acaba aumentando as alíquotas e, novamente, quem paga o pato são os sem influências. Estes deveriam reclamar, mas, além de não terem vez, não têm dinheiro para terem voz na mídia.

12 comentários:

  1. Como sempre seu espaço adentrando em temas complexos e de extrema importância...

    abraço

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  2. Olá...
    Vou olhar seu blog com atenção e muito carinho...

    Abraços,
    Nirma Regina

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  3. Nem me fale em impostos, me revolto ao pensar em qto pagamos e no pouco q temos, para suprir, temos q pagar mais pelos serviços privados... mto caro viver neste país!

    Agradeço a visita! Volte sempre!

    http://meuprojetopiloto.blogspot.com/

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  4. No nosso país somos apenas números de arrecadamento de impostos. O país que mais gera impostos, e isso, não importa quem estará lá em cima comandando o país. Nunca vai mudar.
    Um beijo.

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  5. Olá amigo,

    Retribuindo e agradecendo sua visita e comentário, também estou te seguindo, bom fim de semana!

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  6. Querido,
    Fico grata por me seguir e extremamente honrada por fazer parte de um dos seus seguidores. Seu blog trata de assuntos pertinentes a sociedade. Parabéns!
    Grande abraço!
    Dani

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  7. Caro amigo postei la no Politica... no dia 26/03/2010 um grafico que mostra o quanto o Brasil esta pagando ao FMI so de juros e sempre adiantados. E por volta de 32% de tudo o quese arrecada no pais. E um valor tao grande que passa da casa dos bilhoes anuais. Esse pais afundara dessa maneira, pois temos que trabalhar cinco meses para sustentar esse governo ineficiente e corrupto. Abraco, Tereza

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  8. Olá,
    É salutar a preocupação isenta com o dinheiro do povo trabalhador, aquele que de fato produz. Seja aquele a quem os poderosos permitem ter emprego, seja aquele que não pode ter emprego para que os salários sejam mantidos no patamar de 1%(um porcento) do preço final dos produtos por ele elaborados.
    É bom lembrar que por trás de cada centavo de impostos que os governos instituem existe pelo menos um centavo que é sonegado, não pelo assalariado e pequeno/médio empreendedor urbano ou rural, pois estes não têm a quem repassar; que por trás de cada funcionário público ou político corruptos existe alguém ganhando muito mais dinheiro do que eles, é o tal superfaturamento das obras públicas e o jeitinho para facilitar algo para a "competente" iniciativa privada. Ninguém dará 10 moedas a um servidor ou político para ganhar apenas 10... Pensar e acalentar isto é demasiada ingenuidade... Divulgá-lo pode representar a consideração de que todos os demais são tolos ou interesse em lavagem cerebral... Ninguém bancará milionárias campanhas eleitorais, seja da situação ou da oposição, por mero diletantismo. Isto tem custos, vem de longa data e passa, p.ex., pela entrega do patrimônio público aos amigos da coroa. Não é por mero acaso que entre os maiores reclamados da justiça brasileira estejam, pex, as operadoras de telefonia, cujo serviço até cerca de 12 anos era estatal e foi privatizado pelo então governo, e os preços que o usuário paga não pararam de aumentar muito acima da inflação e as reclamações por abuso de poder das operadoras abarrotam a justiça.
    Para que se possa fazer uma avaliação isenta mister se faz não estar de nenhum lado, e olhar para os quatro pontos cardeais.
    Quanto aos juros da dívida externa... quem foram os beneficiados do dinheiro tomado no exterior?
    O assalariado não foi, nem o pequeno/médio empreendedor, mas são eles quem paga a conta, como sempre foi.
    Eu apenas gostaria que colocassem um Lucrômetro e um Apropriômetro ao lado do Impostômetro e com idêntica programação, só assim, poder-se-ia acreditar na seriedade do último e na isenção dos seus autores.
    Todos quantos estão se acusando em busca do voto do povão já estiveram no poder, não resolveram os problemas de falta de emprego, de violência, de ensino, de corrupção,...por quê?
    Porque o grande PODER ECONÔMICO, os PLUTOCRATAS, não o permitem! Pois isto significaria o fim das suas propaladas "competências".
    Pensem nisto, bem antes de defenderem qualquer um que está ávido para manter ou (re)conquistar um emprego público nas próximas eleições.
    Saúde e felicidade.
    JPMetz

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  9. O governo ainda não entendeu com a redução de impostos é possível arrecadar mais, nem recentemente com a redução do IPI sobre certos produtos para enfrentar a crise, quando aumentaram as vendas.

    Com o aumento das vendas, é preferível o imposto de 2,5, isto porque pode-se lucrar dez de 2,5 (total 25) em lugar de dois de 10 (20)

    É isto que os países mais adiantados descobriram há mais tempo. Reuz-se impostos, lucra-se mais e arrecada-se mais.

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  10. JPM,
    agradeço a visita e o comentário. Esta semana ficamos sabendo da agressão sofrida por um professor da rede. O professor de informática da rede estadual foi agredido a socos. E ainda querem nos culpar por tudo de ruim que existe na educação. Após os concursos que estou fazendo, voltarei aqui com tempo para lê-lo. Gde. abraço.

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  11. Olá,
    Para que não pairem dúvidas ou mal entendidos a respeito da minha posição na questão "impostos".

    Prego transparência nas alíquotas estabelecidas, nos impostos de fato arrecadados e na sonegação nunca combatida, mas também tenho ciência que aquilo que a mídia divulga tem o intuito de tergiversar.

    O culpado dos elevados preços que o consumidor paga não são os impostos, afirmo e assino em baixo, mas, sim, os elevados lucros, notadamente, dos setores oligopolistas. Estes são formadores de preços e opinião! Por isso que eu escrevi, apenas confiarei no impostômetro (uma maquininha programada por alguém) se a seu lado tiver um lucrômetro e um apropriômetro com idêntica programação.

    Um exemplo: o leite mais que dobra seu preço nesta época (entressafra) para o consumidor, sem que haja aumento de tributos, mas o produtor não tem o mesmo aumento... talvez 20%, e olhe lá, e o restante? Lucro puro!

    Não sou dono da verdade, porém, nesta questão a maioria está batendo em bêbado, ou seja, fazendo o que interessa ao Poder Econômico: pondo toda a culpa no poder público e levando os donos do Poder Econômico livres, como bons moços, que eles não são nem aqui e nem na conchinchina!
    Saúde e felicidade.

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  12. Agradeço pela visita e retribuo-a. Boas sombras tem seu canteiro. Voltarei. Abraço.

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