segunda-feira, 5 de abril de 2010

DEMOCRACIA ou PLUTOCRACIA?

A dualidade presta-se para muita coisa, especialmente para a enganação. Diria que a dualidade na política é a grande facilitadora da demagogia, e esta é fomentada pela mentira.

Alguém tem dúvida que o Brasil é um país democrático?

Vejamos, a título de curiosidade, alguns conceitos de democracia:
1) governo em que o povo exerce a soberania, governo popular;
2) sistema ou regime que se baseia na ideia da soberania popular e na distribuição equilibrada do poder, e que se caracteriza pelo direito ao voto, pela divisão dos poderes e pelo controle dos meios de decisão e execução;
3) partido ou grupo político comprometido com os ideais da democracia;
4) igualdade política e social;
5) o pensamento ou a política democrática.

Definição de democracia direta: regime ou sistema onde as decisões são tomadas diretamente pelo povo e não por representantes eleitos ou por delegação de poder.

Para efeitos comparativos vamos dar algumas definições do que vem a ser plutocracia:
1) o poder daqueles que detêm a riqueza;
2) o governo regido pelas classes mais favorecidas economicamente;
3) a influência das elites econômicas no exercício do poder.

Vejamos o que diz o artigo 1º da Constituição Brasileira de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta constituição”.

A pesar dos pesares eu acreditaria na sinceridade deste artigo se aquele que elege seus representantes também tivesse o direito de destituí-los livre e facilmente, o que, sabemos, não é permitido por aqueles que nos representam. O seu advogado você pode destituir a hora que bem entender, com os representantes do povo “democraticamente” eleitos você não tem este direito.

Você, alguma vez na sua vida, passou uma procuração para alguém lhe representar?
Quem foi que definiu as prerrogativas do procurador, do representante?
Certamente foi você, o outorgante, quem definiu as prerrogativas do seu procurador, do seu representante.

Todavia, os nossos procuradores maiores, nossos representantes políticos “democraticamente” eleitos, não permitem que nós definamos as suas prerrogativas. E aí, já aparecem duas questões estranhas à democracia:
- 1ª, nós somos obrigados – o voto é um dever e não um direito como conceituado nas definições sobre democracia – a votar numa relação de pessoas que se apresentam como candidatos a nossos procuradores, não temos, pois, o direito de livremente escolhê-los;
- 2ª, não é o representado que diz o que deve ser feito, mas, sim, o representante.

É algo parecido com um advogado que você constitua para uma determinada ação, e ele fazer você assinar uma procuração com amplos poderes e entrar na justiça com propósito alheio a sua vontade, diferente das suas necessidades e contrário àquilo que você pretendia quando procurou esse profissional.

Saúde e felicidade a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário