sexta-feira, 26 de março de 2010

Como ficaria se a TV pudesse mostrar apenas valores positivos?

Considerando que o status quo precisa ser mantido a qualquer preço, a programação da televisão não pode ser de cunho educativo. A tevê não pode mostar bons costumes e nem valores morais e éticos acima de qualquer suspeita por muito tempo. Ela já cumpre o seu papel de mostrar-se como um instrumento que está do lado do espectador quando noticia atitudes imorais de políticos, normalmente, de segundo nível. E a propaganda fica muito longe daqueles valores. A televisão, tampouco, pode mostrar, majoritariamente, novelas, filmes, noticiários, reportagens que apresentem bons costumes e hábitos saudáveis. A tevê não pode se preocupar com a difusão da harmonia, da boa educação, da civilidade, do amor e da união entre as pessoas, afinal, como já ensinou Maquiavel, para imperar é preciso dividir. E nada melhor do que mostrar maciçamente cenas de traição conjugal, de logro, de agressões físicas e morais e de subemprego. Assim o povo estará cada vez mais resignado, recolhido a sua individualidade e dividido. E quanto mais recolhido a sua individualidade mais o ser humano consome televisão, filmes domésticos e Internet, onde a pornografia e a pedofilia têm grande destaque e significativa procura.
Tudo isto, no seu somatório, não permite que o escravo globalizado reflita sobre a sua condição de explorado, para o bem e felicidade geral do sistema espoliativo.
Por isto a televisão não é usada para a educação e a conscientização voltadas para o respeito a si mesmo e ao próximo, com programação de qualidade o tempo todo.

É um trecho do meu livro A Nova Cara da Escravidão, moderna e neoliberal, capítulo Os fins dos meios de comunicação de massa.

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