segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ACIDENTES DE TRÂNSITO OU PENA DE MORTE INSTITUCIONALIZADA?

Todas as segundas-feiras deparamo-nos com a divulgação de mortes produzidas, em escala homérica, no final de semana pelo trânsito.

O repetir do fato e a inoperância lúcida e efetiva do Estado causam profunda estranheza em mim.

Ao que consta cabe ao Poder Público ditar leis e fiscalizar o seu cumprimento. Cabe também ao Poder Público zelar pelo bem-estar de toda a população.

Ao que consta os ocupantes de cargos públicos têm a obrigação moral da HONESTIDADE e da SINCERIDADE.

Tanto quanto eu sei no Brasil não temos instituída, legalmente, a pena de morte, mas na prática...

Por que, então, permite-se que tantos morram nas filas da saúde, em acidentes de trabalho e de trânsito? Sem falar daqueles que morrem fruto dos negócios do submundo, especialmente, os envolvidos com drogas.

A questão do TRÂNSITO é muito clara: o código de trânsito que obriga que seja feita a divulgação de onde haverá fiscalização, mostra-se do lado dos infratores, logo, é uma FARSA... faça o que digo, mas não o que faço.. logo, FALSO! Tão falso quanto a legislação que diz que todos os brasileiros tem os mesmos direitos.

Aí eu pergunto: meros acidentes ou a pena de morte institucionalizada?

Os números assustadores que o trânsito nos mostra, seguramente, seriam facilmente reduzíveis com algumas medidas banais, como, por exemplo, maior rigor na concessão da CNH e fiscalização efetiva nas vias públicas. Viaturas rodando nas estradas, 24 horas por dia, com policiais preparados e bem equipados/armados, reduziriam os acidentes e, de sobra, dificultariam a circulação de drogas, contrabando em geral e, em especial, de armas, bem como assaltos de toda natureza. Haveria um obstáculo para o deslocamento de assaltantes de bancos para pequenas e desguarnecidas comunidades. E o custo disso, muito provavelmente, não seria maior - talvez até menor - do que custam as operações de combate, midiático, à criminalidade.

Todos que concordarem e desejarem divulgar este texto têm, plena e total, liberdade para fazê-lo.

Saúde e felicidade.

2 comentários:

  1. O cidadão comum deve perceber a Justiça como atuante na sociedade e principalmente como aliada.
    Logo, a Justiça precisa ser atuante, igualitária, rápida e eficiente.
    Nossas Leis são modernas, severas e abrangentes; Mas nossa Justiça é lenta, parcial e na maioria das vezes não tem condições de se mostrar atuante ao cidadão comum.
    A Legislação de Trânsito, Meio Ambiente, Desarmamento e outras são relativamente novas, modernas e severas, não devem nada as Leis dos países ditos desenvolvidos.
    O problema é que o cidadão comum percebe com facilidade que a Justiça é a primeira a não ter condições de acompanhar de maneira rápida e eficiente a própia Legislação. O problema é quando a corrupção está perenizada e as autoridades policiais e judiciárias de maneira cínica afirmam que isto é reflexo da própria sociedade!!!
    Podem encher as rodovias de policiais fiscais, enquanto os agentes da Lei tratarem o dono do importado por "doutor" e aceitarem a "cervejinha" não tem Justiça ou Legislação que resolva.Justiça é uma questão de respeito, não de mêdo!

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  2. é. desacelerem o mundo. E me questiono, o valor para tirar habilitação hoje é muito alto. Auto escolas faturam milhões. Será que essa verba toda está valendo a pena? : z Parecem que existem 2 formas de dirigir instituídas bem distantes, a destinada a aprovação nos exames do Detran e a livre, do dia a dia das ruas.

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