quarta-feira, 1 de setembro de 2010

SE MANTER O IMPÉRIO É O DESEJO, EXPLORAR É VITAL, LOGO, CONFUNDIR É PRECISO!

O mundo moderno, que só é moderno se considerarmos os avanços tecnológicos e científicos e a concentração da população em pequenas áreas e moradias.

Do ponto de vista do acesso aos avanços tecnológicos e científicos, estamos tão atrasados quanto há 500 ou mil anos.

Do ponto de vista da concentração da população, como sociedade, apenas regredimos.

De que adianta investirem-se milhões de reais em busca, por exemplo, da cura de certa doença, se, uma vez alcançada, não estará ao alcance de toda a população?

De que adianta o dinheiro do contribuinte ser emprestado ao produtor rural para que haja maior oferta de comida, se a maioria da população tem parcas condições para adquiri-la e parcela considerável, sequer, as tem?

De que adianta falar em democracia, se o que temos é uma ditadura pura, puramente, econômica?

Ditadura econômica nada mais é do que plutocracia.

De que adianta falar em independência, liberdade, emancipação, direito,... se são condições acessíveis à minoria?

Tudo isto só existe do jeito que conhecemos graças à permanente confusão que fazem em nossas cabeças. Para que os poderosos, os donos do Grande Poder Econômico - GPE, possam manter as suas fortunas, inegavelmente, não podem abrir mão da exploração que, historicamente, perpetram contra a maioria da população.

Nos tempos atuais a exploração é, imensamente, facilitada com o uso apropriado dos meios de comunicação. Evidentemente, é necessário manterem uma certa distância da essência dos fatos, do contrário a moderna tarefa de imperar pode voltar-se contra os neo-imperadores. Assim, como ensinou Maquiavel, fazem de tudo para jogarem pessoas sem influências, normalmente, pobres, umas contra as outras, muitas vezes utilizando-se de situações justas e corretas, porém, emprestando-lhes feições distorcidas.

Mencionarei dois exemplos rotineiros onde a essência dos fatos não é apresentada:

1) atribuir como causa dos acidentes de trânsito, em geral, pura e simplesmente, o excesso de velocidade, sem pensar em outras possíveis razões, como, p.ex., carro em más condições, álcool e imperícia, é divulgar uma meia verdade.

2) atribuir as agressões contra mulheres, de maneira simplória, ao machismo (alguém sabe o que é machismo?), sem abordar o meio sócio-econômico-cultural e o consumo de álcool, é outra meia verdade.

Nos dois exemplos, sabemos que há muitos interesses escusos envolvidos e que não podem, para o bem do sistema produtivo-espoliativo, serem abordados. Um destes interesses envolve, nos dois exemplos, o consumo de bebida alcoólica. Outro, ao jogarem homens contra mulheres, com expressões que enaltecem reais ou supostas virtudes de um ou outro, apenas fazem com que os dois se desdobrem para produzir mais, e com isto o empregador tem aumentados seus lucros, sem pagar um centavo a mais.

Assim, para manterem-se no topo da pirâmide social é imperativo que a exploração da mão de obra permaneça e a melhor maneira de conseguir tal é manipular as pessoas, apresentando aquilo que convém, quer ocultando, quer mentindo, mas, confundindo sempre.

Um comentário:

  1. A dita civilização moderna é adpatada para a desequilibrada população mundial e a mais desiquilibrada ainda distribuição dos recursos e capital.
    O mundo é rico e lindo, mas não é para todos. A valiosa e sonhada qualidade de vida é para poucos, inviável para toda a humanidade!
    Os senhores feudais e seus escravos ainda existem, apenas as aparências foram melhoradas.
    O padrão do cara que se acha bem sucedido e está acima dos demais é um sujeito que trabalha 50 anos para ter uma casa um carro e dois filhos formados ( que vão seguir a mesmo destino). Quando consegue uma casa na praia se acha abençoado...

    ResponderExcluir